domingo, 18 de novembro de 2018

Medida extrema

Traficante brasileiro mata mulher em Assunção, no Paraguai, para evitar extradição

Crime foi cometido por Marcelo Piloto, chefão do Comando Vermelho, dentro da prisão em que se encontra, durante o horário de visita


Traficante brasileiro mata mulher no Paraguai para evitar extradição
A Justiça do Rio condenou Piloto a uma pena de 26 anos de prisão. No Paraguai, ele está preso por homicídio e falsificação de documentos, mas foi aberto um processo para sua extradição, atendendo a pedido da justiça brasileira.
Conforme a imprensa paraguaia, o brasileiro teria usado uma faca de sobremesa para golpear seguidamente a jovem Lidia Meza Burgos, de 18 anos, que fora visitá-lo neste sábado. A vítima é da cidade de General Resquín, no departamento de San Pedro. O assassinato da mulher foi confirmado pelo chefe do grupamento, Germán Real Medina.
Após ouvir gritos, os agentes foram ao local e encontraram a mulher ensanguentada. A vítima chegou a ser levada para o Hospital de Barrio Obrero, em Assunção, mas não resistiu. O corpo passou por perícia e foi levado ao necrotério oficial.
De acordo com a imprensa paraguaia, o assassinato seria uma "estratégia macabra e desesperada" do narcotraficante para barrar sua extradição para o Brasil, já que todas os recursos judiciais foram esgotados sem sucesso. Nesta sexta-feira, 16, a Justiça havia negado pedido da noiva de 'Piloto', Marisa de Souza Penna, também reclusa em estabelecimento penal, que pretendia casar-se com ele na prisão. O casamento com uma paraguaia poderia dificultar a extradição.
Antes 'Piloto' havia dado uma entrevista denunciando o pagamento de propinas a autoridades policiais paraguaias em troca de proteção. A advogada dele, a argentina Laura Marcela Casuso, que organizou a coletiva, foi assassinada a tiros, na segunda-feira, 12, em Pedro Juan Caballero, na fronteira com o Brasil.
As autoridades paraguaias também divulgaram neste mês um vídeo em que o CV ameaça matar a procuradora-geral do Paraguai, Sandra Quiñonez, em represália à ação dela pela extradição de Marcelo Piloto. Se confirmada a autoria do assassinato, Piloto terá de responder ao inquérito, dificultando a extradição.
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