Petrobras registra lucro líquido de R$ 6,64 bilhões no terceiro trimestre de 2018
Logo da Petrobras na sede da estatal em Vitória, no Espírito Santo - 10/02/2017 REUTERS/Paulo Whitaker |
A
Petrobras registrou lucro líquido de R$ 6,644 bilhões no 3º trimestre
de 2018, segundo balanço divulgado nesta terça-feira (6). O resultado
representa uma queda de 34% na comparação com o 2º trimestre (R$ 10,07
bilhões). Já ante o mesmo período do ano passado (R$ 266 milhões), o
lucro foi 25 vezes maior.
No
acumulado no ano, a estatal soma lucro líquido de R$ 23,6 bilhões, o
melhor resultado para o período desde 2011, segundo a companhia, e um
crescimento de 371% na comparação com os 9 primeiros meses de 2017.
O
faturamento da companhia alcançou R$ 98,26 bilhões no 3º trimestre, uma
alta de 16% na comparação com o período entre abril e junho.
A Petrobras atribuiu o resultado principalmente aos seguintes destaques:
Maiores
margens de lucro nas vendas de derivados no Brasil e nas exportações,
ambas impulsionadas pelo aumento do preço do barril de petróleo e pelo
real mais desvalorizado;
– Aumento nas vendas de diesel com
expansão da participação de mercado; a empresa recebeu R$ 1,6 bilhão do
governo federal referente ao programa de subvenção do diesel;
– Menores despesas gerais e administrativas;
–
Impacto de R$ 3,5 bilhões para encerramento de investigações das
autoridades norte-americanas e ressarcimento de R$ 1, 7 bilhão de
recursos recuperados pela operação Lava Jato.
No
final de setembro, a estatal anunciou que fechou um acordo que prevê o
pagamento de US$ 853,2 milhões (estimado em R$ 3,5 bilhões) para o
encerramento, nos Estados Unidos, das investigações do Departamento de
Justiça (DOJ) e da Securities and Exchange Commission (SEC) decorrentes
das irregularidades investigadas pela Operação Lava Jato.
Segundo
a Petrobras, excluindo as provisões feitas para os acordos nos Estados
Unidos, o lucro líquido seria de R$ 10,269 bilhões no 3º trimestre e de
R$ 28 bilhões no acumulado do ano.
O
lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação (Ebitda)
ajustado somou R$ 29,856 bilhões no 3º trimestre, queda de 1% ante o
segundo trimestre, mas um forte aumento de 55,3% ante o mesmo período do
ano passado.
Endividamento
Em
relação ao fim de 2017, a dívida líquida da Petrobras aumentou 4%,
saltando de R$ 280,75 bilhões em dezembro para R$ 291,83 bilhões em
setembro. A companhia atribuiu o aumento “à depreciação do real frente
ao dólar”.
O endividamento líquido é resultado de todas as dívidas da empresa, menos o dinheiro que ela possui em caixa.
Já
o endividamento líquido em dólar atingiu US$ 72,88 bilhões, o que
representa uma redução de 14% em relação a dezembro de 2017.
Distribuição de R$ 1,3 bilhão para acionistas
A
Petrobras informou que seu conselho de administração aprovou a
distribuição de R$ 1,3 bilhão de reais, ou R$ 0,10 por ação, em
remuneração para os acionistas sob a forma de juros sobre capital
próprio.
O pagamento será realizado em 3 de dezembro, com base na posição acionária de 21 de novembro.
No
trimestre anterior, a petroleira anunciou uma antecipação de juros
sobre o capital próprio aos acionistas no valor de R$ 652,2 milhões. No
final de abril, os acionistas da Petrobras aprovaram uma mudança no
estatuto da petroleira que define os pagamentos de dividendos
intercalares ou dos juros sobre o capital próprio a cada trimestre.
Ações sobem mais de 75% no ano
As
ações da Petrobras acumulam alta de mais de 75% no ano, impulsionadas
pelo aumento do preço do barril de petróleo. A petroleira foi a empresa
brasileira de capital aberto que mais subiu em valor de mercado nos
primeiros 10 meses do ano.
Segundo
levantamento da Economatica, e empresa ganhou R$ 164 bilhões até o
fechamento dos negócios em 31 de outubro, para R$ 380 bilhões, se
mantendo no posto de maior companhia listada na B3. A máxima histórica
foi registrada no dia 21 de maio de 2008, quando a estatal atingiu na
Bovespa valor de mercado de R$ 510,3 bilhões.
G1
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