Seis réus envolvidos na morte do jogador Daniel tem prisão preventiva decretada
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Daniel foi espancado na casa da família Brittes e depois levado no porta-malas do carro de Edison Brittes — Foto: Fernando Freire |
A
Justiça decretou nesta quinta-feira a prisão preventiva de seis
suspeitos de envolvimento na morte do jogador Daniel. Eles estavam
detidos de forma temporária. Na segunda-feira, o Ministério Público do
Paraná (MP-PR) havia pedido para que a prisão temporária deles, que era
válida por 30 dias, fosse transformada em preventiva.
Daniel
foi encontrado morto em São José dos Pinhais, na região metropolitana
de Curitiba, no dia 27 de outubro. O órgão sexual dele foi mutilado.
O
empresário Edison Brittes Júnior confessou ter matado Daniel. Brittes
alegou que o jogador tentou estuprar Cristiana Brittes, esposa do
empresário. Contudo, o delegado Amadeu Trevisan, responsáve pela
investigação, afirmou que não houve tentativa de estupro.
Veja quem são os réus e os crimes imputados a eles
- Edison Brittes Júnior – homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver, corrupção de menor, fraude processual e coação no curso do processo;
- Cristiana Brittes – homicídio qualificado por motivo torpe, coação do curso de processo, fraude processual e corrupção de menor;
- Allana Brittes – coação no curso do processo, fraude processual e corrupção de menor;
- Eduardo da Silva – homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver, fraude processual e corrupção de menor;
- Ygor King – homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver, fraude processual e corrupção de menor;
- David Willian da Silva – homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver, fraude processual, corrupção de menor e denunciação caluniosa;
- Evellyn Brisola Perusso – denunciação caluniosa e falso testemunho
A
defesa de Edson Brittes Júnior, Cristiana Rodrigues Brittes e Alana
Brittes informou que o recebimento da denúncia é um ato processual de
absoluta naturalidade.
O
advogado Robson Domacoski, responsável pela defesa de Ygor King e David
Willian da Silva, afirmou que vai aguardar ter acesso aos documentos
para se manifestar a respeito.
Rafael
Torres, advogado de Evellyn Brisola Perusso disse que a defesa vai
tomar todas as medidas cabíveis para provar que ela é inocente no caso. A
defesa afirmou que vai apontar, em juizo, as falhas da denúncia.
A defesa de Eduardo da Silva afirmou que não vai se manifestar sobre a aceitação da denúncia.
O crime
O crime aconteceu depois da festa de aniversário de 18 anos de Allana Brittes, filha de Cristiana e Edison Brittes.
A
comemoração começou em uma boate da capital paranaense na noite de 26
de outubro, uma sexta-feira. Depois, continuou na casa da família
Brittes, em São José dos Pinhais, Região Metropolitana de Curitiba. Ali,
Daniel começou a ser agredido, antes de ser levado ao matagal.
De
acordo com o inquérito da polícia, Daniel foi agredido e morto após ter
sido flagrado por Edison Brittes deitado na cama de Cristiana.
Antes
do crime, Daniel enviou mensagens e fotos a um amigo deitado ao lado de
Cristiana enquanto a esposa de Edison Brittes dormia.
Os laudos
Conforme
as perícias realizadas pelo Instituto Médico-Legal (IML) e pela Polícia
Científica do Paraná, marcas de sangue na parede e no chão da casa dos
Brittes mostram que Daniel foi espancado ainda dentro do quarto de
Cristiana.
Os laudos mostraram também que as pessoas que estavam na casa tentaram limpar as marcas de sangue.
Daniel
foi levado, segundo depoimentos de testemunhas, para fora da casa e
colocado no porta-malas do carro de Edison Brittes. O resultado da
perícia encontrou marcas de sangue dentro do veículo.
O
jogador foi esfaqueado, e o corpo do dele foi deixado em um matagal a
20 quilômetros da casa onde acontecia a festa, de acordo com a polícia.
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