‘Mercado da morte’ movimenta R$ 1,2 bilhão por ano diz sindicato dos cemitérios
G1 0 Publicado por: Alana Yaponirah
No país, setor movimenta R$ 7 bilhões por ano e há previsão de crescimento de 8% para 2018 e também para 2019.
O
setor de cemitérios e crematórios privados no Brasil movimenta cerca de
R$ 7 bilhões por ano. Só no estado de São Paulo, a fatia de mercado
alcança R$ 1,7 bilhão por ano. A média de crescimento do faturamento é
de 8% e a estimativa para 2019 é a mesma.
Os
dados são do Sindicato dos Cemitérios e Crematórios Particulares do
Brasil (Sincep), baseados em levantamento feito pela Fecomércio, e
consideram apenas os serviços diretos, sem contar o entorno, como
floriculturas e psicólogos, por exemplo.
O
estudo ainda contabiliza 7.878 empregos de carteira assinada em São
Paulo. A indústria funerária emprega 40 mil pessoas no Brasil. Há
trabalhadores indiretos também. “Com a tendência de humanização e o uso
da tecnologia o espectro de empregabilidade para áreas não convencionais
do setor cresceu. São principalmente trabalhadores de hotelaria,
designers, engenheiros, arquitetos, psicólogos e profissionais de
informática”, disse Gisela Adissi, presidente do Sincep.
Velório humanizado
“Há
uma tendência de velórios diferentes. A narrativa desses rituais é
embasada por questões religiosas, por uma doutrina religiosa, pelo
apressamento, pela fuga dos rituais, as pessoas querem ficar menos
tempos nos velórios, pular etapas. O setor vem se especializando em
atendimento humanizado e começa a se adaptar a esse perfil, com
atendimento psicológico, de preparo ao luto, de personalização, que
aponta uma nova narrativa”, disse Gisela.
Segundo
ela, há um esforço do mercado em adaptar os rituais de despedida, de
identificação. “Trabalhamos pelo maior conforto, com equipe de
hotelaria, de arquitetura do espaço, com cores mais claras, mobiliário
mais confortável, alimentação e bebidas. Qual o tipo de comida que você
consegue comer com um nó na garganta?”, lembrou a presidente do Sincep.
O
velório mais intimista e caracterizado de acordo com o perfil do
falecido é tendência de mercado, segundo Gisela. Paralelamente a isso, o
setor procura tornar o ambiente do velório o mais agradável possível.
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