Conselho de Segurança dos Estados Unidos elogia Bolsonaro sobre saída de cubanos do Mais Médicos
Foto: Adriano Machado / Estadão Conteúdo |
O
Conselho de Segurança Nacional dos Estados Unidos elogiou na noite
desta sexta-feira, 16, o presidente eleito do Brasil, Jair Bolsonaro
(PSL), por sua postura em relação ao programa Mais Médicos. Através da
conta oficial de Twitter do órgão, o Conselho de Segurança Nacional
divulgou em duas postagens, uma em inglês e uma em português a mensagem:
“Elogiamos o presidente eleito do Brasil, Jair Bolsonaro, por tomar
posição contra o regime cubano por violar os direitos humanos de seu
povo, incluindo médicos enviados para o exterior em condições
desumanas”.
Elogiamos o presidente eleito do Brasil, @JairBolsonaro, por tomar posição contra o regime cubano por violar os direitos humanos de seu povo, incluindo médicos enviados para o exterior em condições desumanas. https://t.co/K4FC4TwnuP— NSC (@WHNSC) 16 de novembro de 2018
O
Conselho de Segurança Nacional é o principal fórum da presidência nos
Estados Unidos para assuntos de segurança nacional e relações de
política internacional.
Mais
cedo, a secretária para assuntos de Hemisfério Ocidental do
Departamento de Estado dos EUA, Kimberly Breier, já havia se manifestado
nesse sentido. “Que bom ver o presidente eleito Bolsonaro insistir em
que os médicos cubanos no Brasil recebam seu justo salário em vez de
deixar que Cuba leve a maior parte para os cofres do regime”, escreveu
ela em sua conta no Twitter.
Great to see President-Elect Bolsonaro insist Cuban doctors in #Brazil receive their fair salary rather than let #Cuba take most of it for regime coffers. #MaisMédicos #MásMédicos— Kimberly Breier (@WHAAsstSecty) 15 de novembro de 2018
Na
quarta-feira, o governo cubano informou que está se retirando do
programa social Mais Médicos do Brasil após declarações “ameaçadores e
depreciativas” de Bolsonaro, que anunciou mudanças “inaceitáveis” no
projeto. O programa Mais Médicos tem 18.240 profissionais – sendo 8.332
cubanos. Nesta sexta, Bolsonaro voltou a criticar os termos do acordo
com Cuba no Mais Médicos e disse que a situação dos profissionais de
saúde cubanos é “praticamente de escravidão” e questionou a qualidade
dos serviços prestados.
Assessor americano planeja viagem ao Brasil
A
aproximação entre o governo americano e o entorno de Bolsonaro vem
acontecendo desde a eleição do brasileiro. O Assessor de Segurança
Nacional dos Estados Unidos, John Bolton, planeja uma viagem ao Brasil
no próximo dia 28 e 29 na qual deverá se encontrar com o presidente
eleito, Jair Bolsonaro. A informação foi publicada pelo jornal Folha de S. Paulo e confirmada com duas fontes pelo Estado.
O governo americano ainda não bateu o martelo sobre a viagem, mas a
possibilidade de que o americano se encontre com Bolsonaro vem sendo
discutida nas últimas semanas.
No início do mês, em
discurso, Bolton considerou a eleição de Bolsonaro no Brasil como um
sinal positivo na América Latina e destacou que o brasileiro é um
parceiro com ideias semelhantes às dos EUA. Bolton, que é um dos
conselheiros de Trump para política externa, considera Bolsonaro como um
aliado na região contra governos de esquerda como Venezuela, Cuba e
Nicarágua – o que ele já chamou de “troica da tirania”.
A
ideia é que Bolton vá ao Brasil antes de ir a Buenos Aires, na
Argentina, para o encontro do G-20. Até o momento, a Casa Branca não
respondeu questionamentos da reportagem sobre a viagem.
Eduardo Bolsonaro irá aos Estados Unidos
Dias
antes de Bolton ir ao Brasil, o deputado eleito Eduardo Bolsonaro,
filho do presidente eleito e um dos articulares da aproximação do novo
governo com os Estados Unidos, viajará a Washington. Na capital
americana, ele participará de um evento a portas fechadas com membros do
Brazil-US Business Council e de um almoço organizado pelo American
Enterprise Institute nos dias 26 e 27.
O grupo ligado
a Eduardo Bolsonaro tenta costurar, nos EUA, conversas com
parlamentares republicanos, integrantes da Casa Branca e membros do
Conselho de Segurança Nacional.
Há
cerca de 20 dias, o Brazil-US Business Council, que irá receber Eduardo
Bolsonaro, organizou evento sobre as eleições no Brasil no qual esteve
presente Landon Loomis. Loomis é conselheiro do vice-presidente Mike
Pence e, por já ter morado no Brasil em posto na embaixada americana no
País, é considerado uma das portas de acesso do grupo de Bolsonaro à
Casa Branca.
A ideia é que, depois de Washington, ele
vá a Nova York para um novo encontro com integrantes do mercado
financeiro, como fez em agosto, acompanhado de Filipe Martins, assessor
para assuntos internacionais do PSL.
Logo após a
eleição, o filho de Bolsonaro já planejava uma viagem aos EUA com
encontros com o vice-presidente Mike Pence e o secretário de Estado,
Mike Pompeo, mas os planos não saíram do papel e a viagem foi
postergada.
Fonte: Terra - Créditos: Beatriz Bulla - Publicado por: Ivyna Souto
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