CRISE GLOBAL – ACÚMULO DE OURO À TODO VAPOR: A corrida para o ouro
Com a aproximação do estouro da próxima
crise global já anunciada de forma atravessada pelo FMI no início de
Outubro, pela primeira vez desde 1944 existe o risco da Economia Mundial
retornar as práticas monetárias anteriores ao Acordo de Bretton Woods.
Isso está ocorrendo porque diversos
países do Planeta estão numa corrida por acúmulo de lingotes de ouro já
prevendo que o dólar mergulhará numa crise depreciativa. O carro-chefe
da crise depreciativa é o estoura da atual Bolha financeira que segundo
as mais recentes estatísticas atingiu o valor inédito de mais de 182
trilhões de dólares. Este valor é a soma total da dívida global (tanto
pública quanto privada). Em reais, este valor se aproxima dos 715
trilhões de reais na taxa de câmbio atual.
Os países que mais compraram ouro nos
últimos três meses foram China, Rússia e Turquia que viram suas relações
se deteriorarem com os EUA e já antecipam um movimento defensivo
aguardando o colapso do dólar. Só a Rússia nos últimos meses acumulou um
total de 2.036 toneladas de ouro, o que equivale a R$ 288 bilhões.
Qual é o papel do Brasil nisso?
O Brasil entra como bucha de canhão dos
EUA. Como é sabido, os países orbitais das grandes economias são aqueles
onde as grandes nações capitalistas desafogam suas crises. Mas de todas
as opções, a entrada do Brasil na órbita dos EUA após o Golpe de 2016 e
cristalizado com a eleição de Bolsonaro não só garante apoio
político-estratégico aos EUA em decadência como também permite com que
os EUA usem o Brasil como amortecedor, jogando os efeitos devastadores
da Crise por estas bandas em primeiro lugar. Todos os países que estão
entrando na zona orbital dos EUA na mais recente onda de Golpes
militares e/ou parlamentares da América Latina amortecem os efeitos
expandidos da crise nos EUA.
É claro que isso não é total consenso
entre os especialistas. Há quem argumente que a recessão será tão grande
que não sobrará pedra sobre pedra, mas ter a América Latina como
amortecedor é crucial para o Império do norte. Tais constatações passam
muito longe da população eleitora direitista regular que, em sua
esmagadora maioria, acredita que Bolsonaro seria uma “bala de prata” na
corrupção e nos problemas do país. Quanto engano! E que erro fatal!
Fonte: Jornal do País - www.apostagem.com.br
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