segunda-feira, 5 de novembro de 2018

Corrida para o ouro

CRISE GLOBAL – ACÚMULO DE OURO À TODO VAPOR: A corrida para o ouro



Com a aproximação do estouro da próxima crise global já anunciada de forma atravessada pelo FMI no início de Outubro, pela primeira vez desde 1944 existe o risco da Economia Mundial retornar as práticas monetárias anteriores ao Acordo de Bretton Woods.
Isso está ocorrendo porque diversos países do Planeta estão numa corrida por acúmulo de lingotes de ouro já prevendo que o dólar mergulhará numa crise depreciativa. O carro-chefe da crise depreciativa é o estoura da atual Bolha financeira que segundo as mais recentes estatísticas atingiu o valor inédito de mais de 182 trilhões de dólares. Este valor é a soma total da dívida global (tanto pública quanto privada). Em reais, este valor se aproxima dos 715 trilhões de reais na taxa de câmbio atual.
Os países que mais compraram ouro nos últimos três meses foram China, Rússia e Turquia que viram suas relações se deteriorarem com os EUA e já antecipam um movimento defensivo aguardando o colapso do dólar. Só a Rússia nos últimos meses acumulou um total de 2.036 toneladas de ouro, o que equivale a R$ 288 bilhões.
Qual é o papel do Brasil nisso?
O Brasil entra como bucha de canhão dos EUA. Como é sabido, os países orbitais das grandes economias são aqueles onde as grandes nações capitalistas desafogam suas crises. Mas de todas as opções, a entrada do Brasil na órbita dos EUA após o Golpe de 2016 e cristalizado com a eleição de Bolsonaro não só garante apoio político-estratégico aos EUA em decadência como também permite com que os EUA usem o Brasil como amortecedor, jogando os efeitos devastadores da Crise por estas bandas em primeiro lugar.  Todos os países que estão entrando na zona orbital dos EUA na mais recente onda de Golpes militares e/ou parlamentares da América Latina amortecem os efeitos expandidos da crise nos EUA.
É claro que isso não é total consenso entre os especialistas. Há quem argumente que a recessão será tão grande que não sobrará pedra sobre pedra, mas ter a América Latina como amortecedor é crucial para o Império do norte. Tais constatações passam muito longe da população eleitora direitista regular que, em sua esmagadora maioria, acredita que Bolsonaro seria uma “bala de prata” na corrupção e nos problemas do país. Quanto engano! E que erro fatal!
Fonte: Jornal do País - www.apostagem.com.br

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