Sem convencer, seleção brasileira fecha ano com 100% de aproveitamento pós-copa
Um dos motivos da falta de criação do time pode ser a saída de Neymar, logo aos sete minutos

© REUTERS / Andrew Boyers
Sem convencer novamente e
apresentando erros na transição ofensiva e na criação das jogadas, a
seleção fez o suficiente para vencer Camarões por 1 a 0, nesta
terça-feira (20), no Stadium MK, em Milton Keynes, cerca de 87
quilômetros de Londres. Assim, encerrou o ano com 100% de aproveitamento
no período pós-copa.
Antes do triunfo diante dos africanos, venceu Estados Unidos
(2 a 0), El Salvador (5 a 0), Arábia Saudita (2 a 0), Argentina (1 a 0) e
Uruguai (1 a 0). Com exceção dos uruguaios e argentinos, que ocupam a
sexta e a 12ª colocação no ranking da Fifa, respectivamente, os outros
adversários estão em posições bem inferiores, como os sauditas,
atualmente em 72º lugar.
Nesta terça, o time apresentou outra vez
erros no meio-campo, na transição ofensiva e na criação das jogadas. Um
dos motivos da falta de criação do time pode ser a saída de Neymar, logo aos sete minutos. Ele sentiu uma lesão na região da virilha direita e foi substituído por Richarlison.
Com
estilo diferente do camisa 10, que costuma sair do lado esquerdo e cair
para o meio, o atacante do Everton foi o destaque positivo do amistoso.
Procurou o jogo, tomou a iniciativa e o esforço foi premiado com um
gol de cabeça, aos 45 minutos. Assim, igualou Neymar como o goleador do
Brasil no período pós-copa, com três gols.
Se
Richarlison ganhou pontos com Tite, o volante Paulinho, que atuou pela
primeira vez pela seleção após o Mundial da Rússia, deixou a
desejar. Ele foi utilizado pelo lado esquerdo do meio-campo. Com a
entrada do jogador do Guangzhou Evergrande, da China, Arthur jogou
recuado à frente dos zagueiros e Allan, do Napoli, pelo lado
direito. Foi a primeira vez desde que assumiu o comando da seleção que
Tite iniciou o jogo sem um volante com características mais defensivas.
Antes, utilizou Casemiro, cortado por lesão, Fernandinho, que ainda não
foi chamado desde a derrota para a Bélgica, e Walace, que começou na
reserva e entrou no segundo tempo.
Sem um volante de ofício, os
laterais Danilo e Alex Sandro apoiaram pouco e a equipe apresentou um
futebol burocrático. A seleção ainda deu espaço para o contra-ataque,
mas o rival assustou apenas uma vez durante todo o jogo. Neste período
pós-copa, Tite convocou 40 jogadores, mas apenas 32 entraram em campo.
Fagner,
Marcelo e Pedro fazem parte desta lista, mas foram cortados por lesão e
não jogaram. Já Rafinha e Malcom ficaram como opções. A lista ainda tem
3 goleiros sub-20 Hugo, Phelipe e Gabriel.Dos convocados para o novo
ciclo, os destaques foram Arthur e Richarlison, que certamente estarão
na Copa América-2019, que será no Brasil.
BRASIL
Ederson;
Danilo, Marquinhos, Pablo, Alex Sandro; Arthur, Allan, Paulinho
(Walace); Neymar (Richarlison), Firmino (Gabriel Jesus), Willian
(Douglas Costa). T.: Tite
CAMARÕES
Onana (Ondoa); Fuchs,
Yaya, Kana Biyik, Bong; Mandjeck, Kunde (Olinga), Ekambi; Choupo-Moting
(N'Jie), Djoum, Bahoken (Bassogog). T.: Seedorf
Local: Stadium MK, em Milton Keynes (Reino Unido)
Juiz: Michael Oliver (Inglaterra)
Público: 26.669Gol: Richarlison, aos 45min do primeiro tempo
Esporte ao Minuto com informações da Folhapress
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