sábado, 3 de novembro de 2018

A derrota de Cássio

Senador Cássio Cunha Lima afirma que eleições foram marcadas por “tsunami” político


Falando com exclusividade ao site “Os Guedes”, direto de Brasília, o senador paraibano Cássio Cunha Lima, do PSDB, que está concluindo seu mandato, analisou que as eleições gerais no país este ano foram pontuadas por um “tsunami” político, afetando indistintamente postulantes e agremiações partidárias. Na sua opinião, o “tsunami” derivou da conjuntura política nacional tumultuada por uma sucessão de episódios, do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff à vitória de Jair Bolsonaro, “um outsider”, a presidente da República, derrotando o candidato do PT, Fernando Haddad, ungido por Luiz Inácio Lula da Silva como seu substituto e herdeiro.
O senador tucano paraibano situa dentro desse contexto de “atipicidade política” a derrota que enfrentou na luta para se reeleger, resultado que surpreendeu profundamente analistas políticos da Paraíba e de Brasília, já que Cássio começou o páreo liderando intenções de voto e sustentou essa posição de vantagem por um bom tempo na campanha. (Os eleitos, como se sabe, foram o deputado federal Veneziano Vital do Rêgo, do PSB, e a deputada estadual Daniella Ribeiro, do PP, ambos estreantes na disputa senatorial). Cássio reiterou que acata com humildade o pronunciamento das urnas, mantém a disposição de colaborar com os interesses da Paraíba “em qualquer trincheira” e confirmou que, em princípio, atuará em banca de advocacia na Capital federal.
Comentando seus votos e posicionamentos em matérias controversas submetidas à apreciação do Congresso este ano, Cunha Lima frisou ter se manifestado de acordo com a sua consciência e por entender que estava sintonizado com reivindicações oriundas de segmentos da sociedade. Admitiu que nem sempre tais posições se harmonizaram, contudo, de sua parte, não tem motivos para arrependimento. “Coloquei acima de tudo a minha responsabilidade como representante da Paraíba e do país, adotando posições críticas quando necessário e apoiando o que me parecia de indiscutível interesse público”, expressou. Ele disse que o “apoio crítico” à gestão de Michel Temer, que sucedeu a Dilma Rousseff quando do impeachment da petista, constituiu cautela na avaliação dos passos que o governo iria tomar. “Não hesitei em discordar quando identifiquei desvios no encaminhamento e condução de certas matérias. De resto, o atual Congresso se orientou no sentido de se fazer cauteloso e ao mesmo tempo engajado na solução dos problemas nacionais”, acrescentou.
Nonato Guedes - Publicado por Lenilson Guedes

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