Senador Cássio Cunha Lima afirma que eleições foram marcadas por “tsunami” político
Falando
com exclusividade ao site “Os Guedes”, direto de Brasília, o senador
paraibano Cássio Cunha Lima, do PSDB, que está concluindo seu mandato,
analisou que as eleições gerais no país este ano foram pontuadas por um
“tsunami” político, afetando indistintamente postulantes e agremiações
partidárias. Na sua opinião, o “tsunami” derivou da conjuntura política
nacional tumultuada por uma sucessão de episódios, do impeachment da
ex-presidente Dilma Rousseff à vitória de Jair Bolsonaro, “um outsider”,
a presidente da República, derrotando o candidato do PT, Fernando
Haddad, ungido por Luiz Inácio Lula da Silva como seu substituto e
herdeiro.
O senador tucano paraibano situa dentro desse contexto de
“atipicidade política” a derrota que enfrentou na luta para se reeleger,
resultado que surpreendeu profundamente analistas políticos da Paraíba e
de Brasília, já que Cássio começou o páreo liderando intenções de voto e
sustentou essa posição de vantagem por um bom tempo na campanha. (Os
eleitos, como se sabe, foram o deputado federal Veneziano Vital do Rêgo,
do PSB, e a deputada estadual Daniella Ribeiro, do PP, ambos estreantes
na disputa senatorial). Cássio reiterou que acata com humildade o
pronunciamento das urnas, mantém a disposição de colaborar com os
interesses da Paraíba “em qualquer trincheira” e confirmou que, em
princípio, atuará em banca de advocacia na Capital federal.
Comentando seus votos e posicionamentos em matérias controversas
submetidas à apreciação do Congresso este ano, Cunha Lima frisou ter se
manifestado de acordo com a sua consciência e por entender que estava
sintonizado com reivindicações oriundas de segmentos da sociedade.
Admitiu que nem sempre tais posições se harmonizaram, contudo, de sua
parte, não tem motivos para arrependimento. “Coloquei acima de tudo a
minha responsabilidade como representante da Paraíba e do país, adotando
posições críticas quando necessário e apoiando o que me parecia de
indiscutível interesse público”, expressou. Ele disse que o “apoio
crítico” à gestão de Michel Temer, que sucedeu a Dilma Rousseff quando
do impeachment da petista, constituiu cautela na avaliação dos passos
que o governo iria tomar. “Não hesitei em discordar quando identifiquei
desvios no encaminhamento e condução de certas matérias. De resto, o
atual Congresso se orientou no sentido de se fazer cauteloso e ao mesmo
tempo engajado na solução dos problemas nacionais”, acrescentou.
Nonato Guedes - Publicado por Lenilson Guedes
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