Imprensa internacional repercute vantagem de Jair Bolsonaro no primeiro turno
Os jornais The New York Times, Financial Times e El País e a rede de televisão britânica BBC emitiram alertas em seus aplicativos em todo o mundo após a confirmação do segundo turno
© REUTERS/Adriano Machado
A vantagem de Jair Bolsonaro
(PSL) no primeiro turno da eleição presidencial confirmada no último
domingo(7) - 46% contra 29% do segundo colocado, o petista Fernando
Haddad - foi destaque na imprensa mundial.
Os jornais The New York Times, Financial Times e El País e a
rede de televisão britânica BBC emitiram alertas em seus aplicativos em
todo o mundo após a confirmação do segundo turno.
"Os votantes
deram uma vitória de primeiro turno a Jair Bolsonaro, que atordoou a
política tradicional ao crescer entre uma campanha presidencial lotada
apesar de seu longo histórico de declarações ofensivas sobre mulheres,
negros e gays", diz o texto do New York Times.
A
eleição brasileira estava no alto do site dos quatro e de outros
jornais como o britânico The Guardian e o francês Le Monde. As
publicações europeias referiram-se ao deputado como um candidato de
extrema-direita.
"Estes resultados [...] oferecem ao candidato do
Partido Social Liberal, saudoso declarado da ditadura militar, uma
vantagem bem superior à apresentada nas pesquisas antes da eleição",
disse a publicação francesa.
O El País relembra o histórico de
declarações polêmicas. "Um político autoritário, racista, machista,
homofóbico. Um adorador da ditadura que colocou o Brasil em uma de suas
épocas mais escuras durante 20 anos", diz o texto.
"Jair Messias
Bolsonaro, o defensor dos valores mais retrógrados, esses que cada vez
com mais força andam pelo mundo sem freio, acaricia a presidência do
país sul-americano."
A TV Al Jazeera, do Qatar, destacou o segundo
turno chamando a eleição de turbulenta. Já o Wall Street Journal coloca
o deputado como se posicionando para controlar a quarta maior
democracia do mundo.
A eleição também foi capa dos jornais dos
países vizinhos. Além da manchete, os argentinos La Nación e Clarín
traziam outros detalhes da eleição, como gráficos. O primeiro chamou a
vitória parcial de Bolsonaro de contundente.
Também
incluiu outros detalhes, como a derrota da ex-presidente Dilma Rousseff
para o Senado em Minas Gerais, o peso da vitória do candidato do PSL em
São Paulo e Rio e a situação do PT após o pleito presidencial.
No
canal Telesur, mantida em maior parte pelo regime venezuelano, há
destaque às declarações de Haddad de que uma vitória de Bolsonaro
representaria um risco à democracia e à divisão dos votos pelo Brasil.
Visão oposta era vista no Breitbart News, da direita alternativa
americana. Embora não tenha colocado em destaque a eleição, titulou:
"Conservador Bolsonaro vence o primeiro turno, lidera o segundo turno
contra socialista." Notícias ao Minuto com informações da Folhapress
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