Com apenas um projeto transformado em lei, Tiririca consegue segunda reeleição com quase meio milhão de votos
terceira
vez. Após ter anunciado que abandonaria a política, em dezembro de
2017, ele desistiu da decisão e conseguiu a segunda reeleição e
conseguiu 453.855 votos nas eleições deste domingo (7), o quinto
colocado.
Tiririca usou a estratégia que já havia dado certo nas
outras eleições e apostou no humor no horário eleitoral, sem apresentar
qualquer proposta. Ele imitou a cantora Jojo Todynho, o atacante Neymar e
brincou com a Lava Jato. Desde o início, repetiu ter enganado o eleitor
ao concorrer mais uma vez após afirmar que abandonaria a política.
Em
sua conta no Facebook, Tiririca fez piada para rebater comentários de
seguidores que questionaram o uso de brincadeiras no lugar da
apresentação de propostas. O deputado respondeu que a campanha foi feita
para “pessoas mais inteligentes” e que faria versões mais “fáceis” de
entender.
Embora represente São Paulo e não tivesse uma agenda
oficial de campanha, Tiririca esteve no Maranhão e outras regiões do
país para agenda de shows. Em suas redes sociais, há apenas algumas
fotos em que o deputado parece estar nas ruas da capital paulista.
Ao
longo de quase oito anos de mandato, Tiririca foi autor de 59 projetos
de lei e outras proposições. Do total, 17 foram arquivados e apenas um
se transformou em lei: o projeto que instituiu o Programa de Cultura do
Trabalhador e criou o vale-cultura.
Em dezembro do ano passado,
Tiririca discursou na Câmara e afirmou que abandonaria a vida pública:
“Subo nesta tribuna pela primeira vez e pela última vez”, disse o
deputado, que fez críticas aos colegas e se mostrou decepcionado com o
trabalho do Congresso. “O que eu vi nos sete anos aqui, eu saio
totalmente com vergonha”.
Na eleição passada, em 2014, o deputado
foi um “puxador de votos” para seu partido. Com mais de um milhão de
votos, conseguiu levar com ele outros dois candidatos do PR (Partido da
República) para a Câmara por meio do quociente eleitoral.
Esse
quociente é determinado da seguinte maneira na Câmara Federal: o número
total de votos válidos registrados no estado do candidato é dividido
pelo número de cadeiras a que aquele estado tem direito (no caso de
Tiririca, que concorre por São Paulo, são 70 cadeiras). Se o candidato
não tiver 10% do total que resulta dessa conta, ele não se elege.
Tiririca recebeu
para sua campanha R$ 1,2 milhão do fundo especial do diretório nacional
do PR, segundo o TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Deste montante,
gastou R$ 1,1 milhão, sendo que R$ 840 mil (76%) foram investidos em
produção de propaganda. O valor foi pago à Fórmula Tecnologia, do
deputado Miguel Correa Júnior, envolvida no caso que ficou conhecido
como “mensalinho do Twitter”.
MaisPB com UOL
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