Pesquisa Datafolha: Jair Bolsonaro sobe e chega a 35%; Haddad 22% e Ciro 11%
Fernando Haddad, do PT, ficou estável
© Adriano Machado / Reuters
O presidenciável Jair
Bolsonaro (PSL) ampliou sua vantagem sobre os concorrentes na disputa
pelo Palácio do Planalto, aponta pesquisa do Datafolha.
Nos votos totais, Jair Bolsonaro manteve o crescimento e atingiu 35%. Fernando Haddad, do PT, ficou estável.
O
nível de confiança da pesquisa é de 95%. Isso quer dizer que há uma
probabilidade de 95% de os resultados retratarem a realidade,
considerando a margem de erro, que é de 2 pontos, para mais ou para
menos.
Confira os resultados:
Jair Bolsonaro (PSL): 35%
Fernando Haddad (PT): 22%
Ciro Gomes (PDT): 11%
Geraldo Alckmin (PSDB): 8%
Marina Silva (Rede): 4%
João Amoêdo (Novo): 3%
Alvaro Dias (Podemos): 2%
Henrique Meirelles (MDB): 2%
Cabo Daciolo (Patriota): 1%
Guilherme Boulos (PSOL): 0%
Vera Lúcia (PSTU): 0%
João Goulart Filho (PPL): 0%
Eymael (DC): 0%
Branco/nulos: 6%
Não sabe/não respondeu: 5%
VOTOS VÁLIDOS
Considerando
os votos válidos, que excluem brancos, nulos e indecisos, estando a 11
pontos percentuais do patamar para a vitória no primeiro turno, faltando
três dias para o primeiro turno da eleição, Bolsonaro registrou agora
39% dos votos válidos.
O petista Fernando Haddad manteve-se
estável na segunda posição isolada, com 25% dos votos válidos. Ele está
empatado com Bolsonaro na simulação de segundo turno.
No pelotão inferior, se mantiveram estáveis Ciro Gomes (PDT), com 13% dos válidos, e Geraldo Alckmin (PSDB), que registrou 9%.
O
Datafolha ouviu 10.930 eleitores em 389 cidades do país na quarta e
nesta quinta-feira (4). A margem de erro do levantamento, contratado pela
Folha de S.Paulo e pela TV Globo, é de dois pontos percentuais para mais
ou menos.
Quando analisada a evolução em votos totais, Bolsonaro
foi o único que oscilou acima da margem de erro, confirmando o
espraiamento de seu voto em diversos segmentos - se a onda será
suficiente para os 50% mais um voto necessários para a vitória no
domingo, é incerto.
Ele subiu de 32% para 35% desde o levantamento
divulgado na terça-feira (2). A curva já vinha ascendente: na semana passada,
ele tinha 28% dos votos totais entre 26 e 28 de novembro.
A
pesquisa anterior havia registrado um aumento de sete pontos na sua
intenção de voto entre mulheres, ocorrido após as manifestações de cunho
feminista do EleNão do fim de semana.
Agora, oscilou um ponto
para cima, atingindo 28% dos votos totais no segmento feminino. Entre
homens, cresceu quatro pontos de terça para cá, atingindo 42%.
Seu
melhor desempenho foi entre os mais ricos, onde subiu nove pontos e
chegou a 53% dos votos totais. Aqui, Alckmin teve uma sangria de quatro
pontos, sugerindo uma adesão dos tucanos a um voto antipetista. Nos
outros estratos de renda, houve estabilidade.
Regionalmente,
Bolsonaro subiu três pontos no populoso Sudeste, chegando a 39% totais,
contra 16% de Haddad. Cresceu mais ainda no Norte (cinco pontos) e
Centro-Oeste (quatro pontos).
Ciro e Alckmin mantiveram suas
posições da terça. O pedetista segue com 11% dos votos totais e o
tucano, mesmo dispondo da maior artilharia de tempo no horário gratuito,
segue estagnado: oscilou negativamente de 9% para 8%.
Marina
Silva (Rede) encabeça o bloco final com 4%, empatada tecnicamente com
João Amoêdo (Novo, 3%), Alvaro Dias (Podemos, 2%), Henrique Meirelles
(MDB, 2%) e Cabo Daciolo (Patriota, 1%).
Nas simulações de segundo
turno, o fator rejeição é central. Aqui, tanto Bolsonaro quanto Haddad,
os candidatos mais competitivos para chegar lá, mantiveram altos
índices estáveis nesta semana.
O deputado segue rejeitado por 45% e
o ex-prefeito paulistano oscilou de 41% para 40% o índice daqueles que
não votam nele de jeito nenhum. Exemplificando a polarização da disputa,
seus eleitores são os mais convictos hoje: 86% dos bolsonaristas e 83%
dos pró-Haddad dizem estar certos do voto.
Num hipotético segundo
turno com Haddad, Bolsonaro empata tecnicamente com o petista. Manteve
os 44% que tinha na terça, enquanto o adversário oscilou positivamente
um ponto, para 43%. Segue perdendo para Ciro (42% a 48%) e empata na
margem com Alckmin (42% a 43%).
Bolsonaro tem sua maior rejeição
entre mulheres (50%), mais jovens (50%) e mais pobres (52%). Haddad,
entre mais ricos (acima de 10 salários mínimos mensais, 66%, e entre 5 e
10 salários, 58%) e escolarizados (57%).
A pesquisa está registrada no TSE sob o número BR- 02581/2018. O nível de confiança é de 95%.
Política ao Minuto com informações da Folhapress
Nenhum comentário:
Postar um comentário