Após queda nas pesquisas, campanha eleitoral de Jair Bolsonaro muda estratégia
A rejeição do candidato do PSL passou de 41% para 44% e a do petista oscilou de 54% para 52%, segundo Datafolha
© Ricardo Moraes / Reuters
Uma leve piora para Jair
Bolsonaro (PSL) nas pesquisas fez com que a campanha mudasse a
estratégia. O candidato decidiu aparecer mais e cobrar foco de aliados
que estão envolvidos em campanhas estaduais.
A decisão foi tomada depois que levantamento feito pelo Ibope,
de terça-feira (23), mostrou que o candidato oscilou de 59% dos votos
válidos para 57% em relação ao levantamento anterior, do dia 15.
Houve
também piora na rejeição, que subiu de 35% para 40%, enquanto Fernando
Haddad (PT) teve melhora no indicador, com queda de 47% para 41%.
Pesquisa
Datafolha divulgada nesta quinta-feira (25) também mostrou uma piora no
desempenho de Bolsonaro, que passou de 59% para 56% dos votos válidos.
Haddad apareceu com 44%, contra 41% da pesquisa anterior.
A rejeição do candidato do PSL passou de 41% para 44% e a do petista oscilou de 54% para 52%, segundo Datafolha.
Até
a semana passada, a cúpula do PSL trabalhava com a ideia de 'jogar
parado'. Falar o mínimo possível já que o que cenário é favorável. Em
visita à Superintendência da Polícia Federal no Rio, na semana passada,
Bolsonaro chegou a falar que estava "com a mão na faixa".
Essa
piora, na visão de aliados do capitão reformado, pode ter ocorrido pela
denúncia de que empresas estariam pagando por pacotes de distribuição de
conteúdo, via WhatsApp, para difamar o PT, em favor de Bolsonaro.
Pesou
também negativamente o fato de ter circulado um vídeo do filho do
presidenciável o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), falando em fechar o
STF (Supremo Tribunal Federal).
Isso fez com que Bolsonaro
fizesse uma transmissão ao vivo no Facebook, na noite de quarta (24), e
pedisse para que seus aliados não se desmobilizassem e se concentrassem
na eleição nacional, deixando de lado as disputas por governos dos
estados.
Nesta quinta, a campanha convocou a imprensa para uma
entrevista coletiva, que foi precedida da entrega de uma faixa-preta de
jiu-jítsu ao candidato pelo lutador Robson Gracie.
Na entrevista,
Bolsonaro reforçou que a eleição não está garantida e cobrou empenho de
aliados para somar votos até a votação de domingo (28).
"Do nosso
pessoal, eu quero é mais empenho do que eles estão demonstrando",
afirmou, ao responder pergunta sobre a pesquisa em São Paulo, que
mostrou Haddad à frente, com 51% dos votos.
"Em São Paulo, por
exemplo, a preocupação número um não é eleger candidatos ao governo do
estado, mas sim somar votos para a minha candidatura", completou.
A
campanha de Bolsonaro tem defendido a neutralidade nos estados, segundo
o candidato com o objetivo de centrar esforços na campanha
presidencial.
"A questão da neutralidade é justamente porque não
está garantida minha eleição no próximo domingo. E a questão mais
importante, eu tenho dito para quem está do meu lado, é a minha
eleição."
Bolsonaro pediu aos eleitores que "não aceitem provocações" antes do
pleito de domingo. "Estamos disputando final de campeonato e o que está
em jogo é o destino do Brasil", comentou.
Política ao Minuto com informações da Folhapress
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