Jornalista Gil Gomes morre aos 78 anos, na madrugada desta terça-feira, em São Paulo
O jornalista e
radialista Gil Gomes morreu na madrugada desta terça-feira (16) em São
Paulo, informou a assessoria do Hospital São Paulo. Famoso na crônica
policial, ele tinha 78 anos.
Na noite de
segunda, o jornalista passou mal em sua casa, no bairro Jardim da Saúde,
Zona Sul da capital. Ele foi socorrido por equipe do Samu e levado para
o pronto-socorro do Hospital São Paulo. A morte foi confirmada nesta
madrugada. Ainda de acordo com a assessoria do centro médico, ele morreu
em decorrência de um câncer.
Cândido Gil
Gomes Jr. nasceu na Mooca, bairro de imigrantes italianos de São Paulo,
em 1940. Dono de uma voz potente, começou a carreira jornalística aos 18
anos, em uma rádio, como locutor esportivo. Na época, não pensava em
cobrir crimes. "Polícia sempre me cheirara a coisa de mundo cão", disse
em entrevista à "Folha de S.Paulo" em 2008.
A entrada no
"mundo cão" ocorreu em 1968, na Rádio Marconi. Lá, deixou a crônica
esportiva para cobrir reportagens de temas variados. Se destacou ao
cobrir, ao vivo, um caso de agressão sexual ocorrido no prédio onde
trabalhava.
A partir daí, aprimorou a narrativa que o marcou na crônica policial brasileira.
Nos anos 90
integrou a equipe do popular “Aqui Agora”, do SBT. Manteve no vídeo a
entonação de suspense que criou no rádio, acrescentando ao estilo um
gesto circular que fazia com a mão direita e camisas com estampas
coloridas. Depois do “Aqui Agora”, trabalhou em outras emissoras.
Gil Gomes
ficou afastado da TV por mais de 10 anos devido a problemas de saúde
relacionados ao Mal de Parkinson, doença diagnosticada em 2005. Em 2016,
aos 76 anos, foi convidado a participar com comentários em um programa
de TV patrocinado por uma rede de farmácias.
Ainda, segundo o hospital, os procedimentos para o velório de Gil Gomes serão feitos por seus familiares.
G1
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