Tribunal Superior Eleitoral nega liminar contra Ricardo e Universidade Estadual da Paraíba
O
ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Jorge Mussi, negou um
pedido de liminar impetrado pelo candidato à Presidência da República
pelo PSL, Jair Bolsonaro, para a retirada do ar de matérias veiculadas
no Jornal A União e no site da Universidade Estadual da Paraíba que
estariam beneficiando o candidato Fernando Haddad (PT).
A
coligação de Bolsonaro acusa do governador Ricardo Coutinho (PSB) de
abuso de poder econômico, por usar a máquina administrativa em favor da
candidatura de Haddad.
“O governador da Paraíba, Ricardo Coutinho,
vem utilizando a máquina pública estatal para fomentar a candidatura de
Fernando Haddad e Manuella D´Ávila e denegrir a candidatura de Jair
Bolsonaro, com a utilização do Jornal A União, veículo de imprensa de
propriedade do Governo do Estado, veiculando matérias negativas colhidas
nas redes sociais e baseadas em Fake News, assim como toda a estrutura
da UEPB está sendo utilizada para alavancar a candidatura petista com a
expressa anuência do reitor Rangel Júnior e omissão do governador, bem
como pela coação de diretores e professores de escolas públicas a se
engajarem na campanha do candidato investigado Fernando Haddad”, diz um
trecho da ação.
No despacho, o ministro Mussi afirmou que o pedido
para retirada de conteúdo do ar deve ser acompanhado “de muita cautela
no caso concreto e concedida em caráter excepcional, de forma a
prestigiar as garantias constitucionais”.
Segundo ele, em algumas
das passagens citadas, o que se pode verificar é a “defesa apaixonada do
povo nordestino”, reprodução de manifestações de personalidades
políticas e uma matéria relacionada à declaração do deputado federal
Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) sobre o fechamento do Supremo Tribunal
Federal (STF), que foi amplamente divulgada pela mídia.
Em contato com a reportagem do Portal MaisPB,
o reitor da Universidade Estadual da Paraíba, Rangel Júnior, contestou a
ação. “Na UEPB não há esse tipo de prática, me parece uma tentativa de
intimidação e de jogar a fumaça sobre outros fatos. Vejo tudo isso com
estranheza profunda, mas por outro lado isso me parece fazer couro com
outras ações que foram ensaiadas na tentativa de criminalizar práticas
acadêmicas”, disse.
A reportagem tentou contato com o secretário
de Comunicação do Estado, jornalista Luis Tôrres, e com o governador
Ricardo Coutinho (PSB), mas as ligações não foram atendidas.
Wallison Bezerra – MaisPB
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