Mulher confessa ter planejado morte do irmão por dinheiro, em crime de padaria de João Pessoa
Em
julgamento realizado nesta quinta-feira (11), na capital
paraibana, Maria Celeste de Medeiros, suspeita de planejar a morte do
próprio irmão, o estudante de veterinária Marcos Antônio Filho, de 28
anos, assumiu ter sido a mandante do crime e que o motivo
foi financeiro.
A vítima foi baleada no dia 4 de junho de 2016 em
um suposto assalto. Ele estava na padaria administrada pela irmã, no
Jardim Luna, em João Pessoa. O crime foi flagrado por câmeras de
segurança. Elas mostram o momento em que a vítima é levada para dentro
do estabelecimento e acaba baleado, apesar de não reagir. Em seguida, os
bandidos fogem na moto da vítima.
Marcos ainda foi levado para o
hospital mas não resistiu aos ferimentos e morreu. A irmã, Maria
Celeste, acompanhou todo o socorro, assim como as homenagens, que
aconteceram nos dias seguintes. Ela ainda prestou depoimento como
testemunha, mas a polícia já suspeitava da participação dela no crime.
Maria
Celeste e sua companheira, Werllida Raynara da Silva, teriam planejado
a ação, segundo a polícia. Tanto elas quanto os executores do crime e o
intermediário foram presos no fim do mês de junho de 2016.
A polícia
começou a desvendar a situação através de uma investigação feita nos
celulares dos suspeito, e chegou à conclusão de que o crime teria
acontecido por divergências na partilha dos bens da família. A polícia
também teve acesso à mensagens trocadas entre Maria Celeste e o
intermediário, que ficou responsável por fazer contato com os
executores. Em uma das mensagens a ela teria dado a ordem de execução.
Ainda
de acordo com as investigações, ela pagaria R$ 13 mil pelo crime, que
entregaria quando recebesse o dinheiro dos membros da família, incluindo
a parte do irmão.
Além de Maria Celeste, outras 3 pessoas foram
ouvidas no julgamento desta quinta-feira (11), no Fórum Criminal. De
acordo com o promotor e de Edjacir Luna, ao todo, oito pessoas foram
acusadas, mas quatro conseguiram recurso contra o o pronunciamento e por
enquanto não vão a julgamento.
Nesta quinta, os Réus apresentados
foram Maria Celeste de Medeiros, acusada de ser a mentora do crime,
Werllida Raynara da Silva, companheira de Maria Celeste que seria
cúmplice, Jairo César Pereira, taxista acusado de dar cobertura aos
bandidos e Valber do Nascimento Castro, primo de Maria Celeste, acusado
de conseguir os contatos para a contratação dos bandidos.
22
jurados participaram do sorteio que escolheu 6 homens e uma mulher. O
julgamento começou às 10 horas da manhã. Foram ouvidas as testemunhas de
defesa e de acusação, em seguida começaram as interrogações com os
quatro réus que estão sendo julgados.
O primeiro a ser ouvido foi
Maria Celeste. Ela disse que o que motivou o crime foi uma discussão
familiar por motivos financeiros por conta da venda de um imóvel da
família, posteriormente ela acabou confessando que foi a mandante.
Em
seguida foi ouvida a Werllida Raynara da Silva, que namorava a Maria
Celeste na época e que estava no caixa do padaria no dia do crime.
Ela diz que não sabia que a namorada havia planejado esse crime.
Logo
após foi ouvido o Jairo César, que foi o taxista que teria levado os
executores do crime até o local. Ele negou ter participado do crime.
O último
a ser interrogado foi o Walber do Nascimento, primo de Celeste,
suspeito de intermediar as conversas entre ela e os executores. Além
deles, outros quatro homens que também teriam participação no crime
ainda vão ser julgados em outro momento.
Fonte: Portal T5
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