Dezenove cidades brasileiras vão às urnas para escolher prefeito neste domingo
Além
de votar para presidente da República, os eleitores de 19 cidades irão
às urnas, neste domingo (28), para escolher novos prefeitos devido ao
afastamento dos vencedores em 2016. As eleições suplementares vão
mobilizar o eleitorado de cinco municípios de Goiás, quatro de São
Paulo, três do Rio de Janeiro, dois do Amazonas, um do Rio Grande do
Sul, um de Santa Catarina, um do Mato Grosso, um do Ceará e um do
Maranhão.
Localizada a 70 quilômetros de Brasília, no entorno do
Distrito Federal, Planaltina é uma das cinco cidades onde haverá eleição
para a prefeitura, no estado de Goiás. O Tribunal Regional Eleitoral
cassou o registro da chapa eleita em 2016, formada por David Alves
Teixeira Lima (Pros) e Maria Aparecida dos Santos (Pros), por compra de
votos.
Segundo denúncia do Ministério Público Eleitoral, eles
prometeram empregos em troca de votos, além de usar bens públicos para
fazer propaganda eleitoral. Durante a campanha, Lima se reuniu com
rodoviários desempregados, prometeu negociar a contratação de todos e
pediu apoio dos trabalhadores. Uma gravação da reunião comprovou a
denúncia.
Mangaratiba
Os eleitores de Mangaratiba, município
da Costa Verde do Rio de Janeiro, também vão escolher o novo prefeito.
Será o quarto a ocupar o posto desde 2016, quando Aarão de Moura Brito
Neto (PPS) e o vice Renildo Rodrigues Brandão (PPS) venceram o pleito. A
chapa foi cassada por abuso de poder praticado nas eleições de 2008,
quando Aarão também tinha sido eleito para o cargo.
O então
presidente da Câmara Municipal, Vitor Tenório dos Santos (PDT), assumiu
interinamente a prefeitura, mas não ficou muito tempo no cargo. Ele foi
denunciado por dispensa indevida de licitações e desvio de recursos
públicos. Está foragido desde agosto. No momento, o vereador Carlos
Alberto Ferreira Graçano (Pode) ocupa o cargo interinamente.
Para a
professora de direito da Fundação Getúlio Vargas (FGV) Silvana Batini, o
eleitor fica desestimulado com as trocas frequentes de prefeito.
“Estamos em crise de credibilidade na classe política, mas, ao mesmo
tempo, é muito melhor que o eleitor tenha possibilidade de escolher
novamente do que fazer a escolha em uma eleição indireta pela Câmara dos
Vereadores”, observou.
Ordem de votação
No estado do Rio de
Janeiro, além de Mangaratiba, os eleitores vão escolher também os
prefeitos de Aperibé e Laje do Muriaé. É distinta a situação dos
eleitores das três cidades do Rio de Janeiro e das cinco de Goiás. No
Rio, há segundo turno para governador, mas em Goiás – e também no Ceará e
Maranhão – a disputa para o governo do estado foi resolvida no primeiro
turno. Já em mais oito cidades onde haverá eleição municipal
suplementar, localizadas no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo
e Amazonas, haverá segundo turno para governadores.
Portanto, em
Mangaratiba (RJ), Aperibé (RJ) e Laje do Muriaé (RJ), Alpestre (RS),
Vidal Ramos (SC), Araras (SP), Rincão (SP), Monte Azul Paulista (SP),
Mongaguá (SP), Anamã (AM) e Novo Airão (AM), os eleitores vão seguir a
seguinte ordem de votação: governador, presidente e prefeito. Para cada
cargo, deverão digitar dois números.
Em Planalto da Serra (MT),
Croatá (CE), Turvelândia (GO), Planaltina (GO), Davinópolis (GO),
Divinópolis (GO), Serranópolis (GO) e Bacabal (MA), os eleitores vão
escolher o presidente e o prefeito. Nesses estados, os governadores
foram eleitos no primeiro turno.
Urnas
Segundo o Tribunal
Superior Eleitoral (TSE), para permitir as diferentes votações, a
Secretaria de Tecnologia da Informação desenvolveu o Programa de
Múltiplas Eleições, que “permite a programação da urna eletrônica com
composições que variam conforme as exigências de cada pleito”.
No
primeiro turno, por exemplo, além da votação nacional – presidente da
República, governadores, senadores, deputados federais, estaduais e
distritais -, as urnas foram preparadas para a eleição do Conselho
Distrital do Arquipélago de Fernando de Noronha (PE) e dos plebiscitos
em Petrópolis (RJ), Fortaleza do Tabocão (TO) e Augusto Severo (RN).
Em
Petrópolis, 68,7% dos votantes decidiram pelo fim do uso de tração
animal em charretes que fazem passeios turísticos no centro histórico.
Já em Fortaleza do Tabocão e Augusto Severo, os eleitores decidiram
mudar os nomes das duas cidades. Com 74,83% dos votos, Fortaleza do
Tabocão passará a se chamar somente Tabocão. Augusto Severo será Campo
Grande, por vontade de 95,7% dos votantes.
Agência Brasil
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