Blog Heron Cid: Eleição presidencial 2018, uma campanha sem limites em matéria de vale tudo
Polícia descobriu que jovem simulou agressão no Rio Grande do Sul; mentira foi explorada como verdade |
Tem
razão a colega Lena Guimarães, em seu lúcido artigo de hoje no Correio
da Paraíba: a eleição presidencial de 2018 passou de todos os limites em
matéria de vale tudo. E convenhamos, com uma contribuição inestimável
das turbas de militantes na guerrilha digital.
Chegamos ao estágio
no qual não importa os fatos e as verdades. Só se leva em conta e é
propagado o que se quer ouvir ou aquilo que beneficia a candidatura da
sua preferência, mesmo que sejam mentiras, boatos e até armações.
Fomos
de uma simulação de agressão e a marcação de uma suástica no corpo de
uma moça no Rio Grande do Sul, para explorar a imagem de truculência da
militância bolsonarista, à uma declaração de Fernando Haddad contra
General Mourão, vice de Bolsonaro, baseada num equívoco do cantor
Geraldo Azevedo.
O músico pediu desculpas. Haddad, não.
Do
outro lado, o candidato do PSL fala para uma multidão inflamada em banir
“os vermelhos” do Brasil, numa rajada de incitação contra os
adversários políticos.
O filho, num vídeo, revela o desprezo pelas
instituições, ao dizer, em julho, que eventual indeferimento de
registro da candidatura do pai, poderia estimular o Exército a fechar o
Supremo Tribunal Federal.
Nenhum pio do capitão desautorizando
empresários e agências de supostos pagamentos de disparos de mensagens
com fake news contra o PT.
Como bem sintetizou o momento político
brasileiro o rapper Mano Brown, diante de uma plateia petista, “a
cegueira de lá é a mesma daqui”.
Passada a agitação do pleito, espera-se pelo menos que um limite seja respeitado pelo eleito: o da Constituição.
MaisPB - Por Heron Cid
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