Mara foi morta e teve a bebê arrancada à força - (foto: Reprodução/Facebook) |
A
Polícia Civil de Minas Gerais investiga o caso de uma jovem grávida que
foi amarrada em um tronco, enforcada e, posteriormente, teve o bebê
retirado da barriga e roubado. O crime bárbaro ocorreu na cidade de João
Pinheiro, Região Noroeste de Minas Gerais. Segundo a Polícia
Militar, Mara Cristina Ribeiro da Silva estava desaparecida desde
segunda-feira e seu corpo foi encontrado na tarde de ontem por pessoas
que passavam em um matagal próximo ao km 143 da BR-040, perto de um
antigo posto da Polícia Rodoviária Federal. Uma mulher que no dia
anterior tinha ido a um hospital com uma recém-nascida e terminou
confessando que a criança não era sua foi presa. O marido da suspeita
também está detido.
De
acordo com a PM, às 19h30 da segunda-feira, policiais foram acionados
por funcionários do Hospital Municipal de João Pinheiro, que relatavam a
entrada de uma paciente bastante agitada, com uma recém-nascida no
colo, afirmando que acabara de dar à luz. Entretanto, segundo os
funcionários, ela caminhava normalmente e se recusou a ser atendida por
um médico obstetra, situação incomum em casos de parto. Ela foi
identificada como Angelina Ferreira Rodrigues, de 40 anos.
Ao
chegar ao hospital, policiais militares encontraram familiares da
vítima, que afirmaram que Mara estava grávida de oito meses e que a
mulher que havia ido ao hospital morava com ela desde sábado. Além
disso, uma testemunha, que seria vizinha das duas mulheres, disse que
por volta das 13h30 daquele dia viu Angelina saindo com Mara e sua outra
filha de 1 ano.
Conforme a
PM, os militares conseguiram convencer a suspeita a ser atendida por um
médico. Na consulta, Angelina teria confessado que a bebê não era sua
filha e sim de um amigo, informação que foi repassada aos policiais. Ao
ser questionada pela PM, Angelina teria confirmado a informação passada
pela vizinha de que saiu com a vítima na tarde de segunda-feira.
Segundo
ela, uma pessoa ligou para Mara, marcando um encontro no Bairro Água
Limpa e ela decidiu acompanhá-la ao local, levando também a filha de 1
ano da amiga. Ainda segundo a suspeita, chegando ao local, as duas se
depararam com uma mulher de baixo porte, morena e que aparentava ter 40
anos. Mara teria seguido a pé com ela, enquanto Angelina ficou com a
filha da vítima.
Ainda de
acordo com o relato da suspeita, pouco tempo depois, a mulher teria
voltado sem Mara e com a recém-nascida no colo e pedido que ela levasse o
bebê ao hospital. Angelina teria pedido que seu marido, Roberto Gomes
de Souza, de 57, a acompanhasse e deixou a criança de 1 ano com uma
vizinha. Sem provas de nenhum crime, o casal foi liberado pelos
policiais.
Entretanto,
segundo o delegado regional de Paracatu, Carlos Henrique Gomes Bueno, na
manhã de ontem policiais civis chamaram a suspeita para que
esclarecesse detalhes do boletim de ocorrência. Na delegacia, Angelina
teria confessado todo o crime e dito que agiu sozinha. A polícia
desconfia da versão de ação individual. Seu marido também prestou
depoimento, mas se declarou inocente.
De
acordo com o delegado, no início da noite de ontem, depois da
descoberta do corpo, Angelina Ferreira Rodrigues teve a prisão
decretada, assim como seu marido, Roberto Gomes de Souza. A
recém-nascida foi atendida no Hospital Municipal de João Pinheiro e
transferida para o Hospital São Lucas, em Patos de Minas, no Alto
Paranaíba. Até o fechamento desta edição não havia detalhes sobre seu
estado de saúde.
A criança
foi transferida para o Hospital São Lucas, em Patos de Minas (Alto
Paranaíba), onde se recupera de um corte na cabeça sofrido durante as
agressões da mãe. O corpo da vitima foi necropsiado na noite desta terça
e será sepultado na manhã desta quarta, em Joao Pinheiro.
Fonte: EM
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