quarta-feira, 3 de outubro de 2018

Cantora se abre sobre preconceito, discriminação e sexualidade

Em entrevista, Daniela Mercury desabafa sobre preconceito: ‘É divertidíssimo ser gay’


Cantora baiana assumiu relacionamento com Malu Verçosa há quatro anos. ‘Eu não sou só gay não, eu sou sapa, sapatinha, girina, sapatilha’, acrescentou


Gabriela Korossy/Câmara dos Deputados
Daniela Mercury se abriu sobre preconceito, discriminação e sexualidade em entrevista ao canal do youtuber Matheus Mazzafera. Casada com a jornalista Malu Verçosa desde 2013, depois de se divorciar de Marco Scabia, a cantora sempre falou abertamente sobre a bissexualidade, embora afirme não gostar de rótulos. O vídeo foi ao ar nesta terça-feira (29), dia em que é celebrada a visibilidade da causa lésbica.
“Eu não sou só gay não, eu sou sapa, sapatinha, girina, sapatilha. Eu não gosto de rótulos, porque rótulos são limites. Mas aí você vai dizer ‘por que você não gosta de falar que é gay?’. Não, eu falo que sou gay porque é uma questão da luta nossa”, defendeu. “Quando a gente é criança, a gente ama todo mundo, não fica distinguindo. É uma visão que tem muito a ver com toda a construção da nossa civilização. Acho engraçado que as pessoas acham que ser gay é algo muito estranho”, completou a artista.
Permanecer com a visão de uma criança é importante, segundo ela: “É divertidíssimo ser gay. Quando a gente é criança o mundo não tem parede. Aprendam a tirar a parede de tudo, de vocês mesmo, não se encarcerem, não entrem no quadradinho. Mantenham a liberdade, a pureza que vocês tinham quando crianças”.”‘Não sei como falar desse assunto’. Como você fala de gente? Qual a diferença? De vez em quando é ridículo ter que usar rótulos para lutar pela igualdade de direitos e pelo direito de existir em paz e não sofrer violência, chacota”, acrescentou.
Daniela confessou que o relacionamento com Malu Verçosa é permeado por momentos de ciúmes, que revelam o amor do casamento, segundo ela: “Não dá nem pra dialogar. Tem um dia ou outro que as conversas passam ali por um ex, uma ex, mas normalmente isso gera confusão. É ciúme de tudo, é amor de mais, é paixão. Não dá. É posse, é loucura. Todo amor muito intenso não cabe mais nada e nem ninguém”.
Fonte: www.correiobraziliense.com.br - Diário do País

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