Em entrevista, Daniela Mercury desabafa sobre preconceito: ‘É divertidíssimo ser gay’
Cantora baiana assumiu relacionamento com Malu Verçosa há quatro anos. ‘Eu não sou só gay não, eu sou sapa, sapatinha, girina, sapatilha’, acrescentou
“Eu não sou só gay não, eu sou sapa, sapatinha, girina, sapatilha.
Eu não gosto de rótulos, porque rótulos são limites. Mas aí você vai
dizer ‘por que você não gosta de falar que é gay?’. Não, eu falo que sou
gay porque é uma questão da luta nossa”, defendeu. “Quando a gente é
criança, a gente ama todo mundo, não fica distinguindo. É uma visão que
tem muito a ver com toda a construção da nossa civilização. Acho
engraçado que as pessoas acham que ser gay é algo muito estranho”,
completou a artista.
Permanecer com a visão de uma criança é importante, segundo ela: “É
divertidíssimo ser gay. Quando a gente é criança o mundo não tem
parede. Aprendam a tirar a parede de tudo, de vocês mesmo, não se
encarcerem, não entrem no quadradinho. Mantenham a liberdade, a pureza
que vocês tinham quando crianças”.”‘Não sei como falar desse assunto’.
Como você fala de gente? Qual a diferença? De vez em quando é ridículo
ter que usar rótulos para lutar pela igualdade de direitos e pelo
direito de existir em paz e não sofrer violência, chacota”, acrescentou.
Daniela confessou que o relacionamento com Malu Verçosa é permeado
por momentos de ciúmes, que revelam o amor do casamento, segundo ela:
“Não dá nem pra dialogar. Tem um dia ou outro que as conversas passam
ali por um ex, uma ex, mas normalmente isso gera confusão. É ciúme de
tudo, é amor de mais, é paixão. Não dá. É posse, é loucura. Todo amor
muito intenso não cabe mais nada e nem ninguém”.
Fonte: www.correiobraziliense.com.br - Diário do País
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