sexta-feira, 14 de setembro de 2018

Paixão nacional

No dia da cachaça, conheça sutilezas da bebida nacional preferida de muitos brasileiros

Bebida típica brasileira era conhecida como ‘cagaça’ e tem mais de 500 anos.

Produto acumula cerca de 3.000 apelidos.


giphy 1 - No dia da cachaça, conheça sutilezas da bebida nacional
Paixão nacional para muitos brasileiros, a cachaça é o ingrediente principal da famosa caipirinha e de outros drinques consumidos em todo o país. A bebida é tão importante que tem até seu próprio dia: 13 de setembro.
A data faz referência ao dia em que a corte portuguesa assinou a permissão para a comercialização da cachaça no Brasil, em 1661, impulsionada pela Revolta da Cachaça, que levou à legalização da bebida. Ela também é a primeira destilada das Américas e apareceu antes do rum, da tequila e do pisco.
O IBRAC (Instituto Brasileiro da Cachaça) afirma que a cachaça é símbolo do Brasil porque somente o país tem uma grande diversidade de madeiras para envelhecer a cachaça. “Uma aguardente do Paraguai é totalmente diferente da brasileira, o bioma do Brasil nos faz ter sabores e aromas únicos para a cachaça brasileira”, conta Leandro Dias, diretor da Escola da Cachaça.
De origem incerta, já que há ao menos três versões segundo especialistas, a bebida é associada a um engenho de açúcar do extenso litoral brasileiro. Há registros históricos de que a feitoria de Itamaracá, em Pernambuco, já produzia cachaça, em 1516. Também existem suspeitas de que a cachaça teria surgido em Porto Seguro, na costa do descobrimento do Brasil, em 1520.
A versão mais aceita por historiadores, porém, data a cachaça de 1532, ano em que o nobre português Martim Afonso de Souza trouxe para São Vicente as primeiras mudas de cana-de-açúcar plantadas no estado de São Paulo.
Ao longo do tempo, a bebida acumulou cerca de 3.000 apelidos — como branquinha, água que passarinho não bebe e ximbira.
Também ganhou possibilidades pelo país, que variam conforme tipo de cana, processo de produção, armazenamento e teor alcoólico.
“Os aromas criados na fermentação aparecem na cachaça branca. Já a que passa por madeira ganha cor e aromas em muitas quantidades possíveis”, diz o especialista Felipe Januzzi, idealizador do Mapa da Cachaça e produtor do gim Virga, que leva o ingrediente.
Ele explica que a madeira pode representar até 80% do perfil sensorial da bebida e que não só o tipo utilizado, mas a forma de trabalhá-la se traduz em uma expressão da cultura local. Nesse processo, também contam fatores como o tamanho do barril, o teor alcoólico da cachaça e o tempo de descanso. 
Fonte: Folha - Publicado por: Alana Yaponirah

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