No Brasil e na Paraíba, condição de previsão da eleição é imprevisibilidade

“A
previsão para o dia seguinte é quase 100% segura, mas prever o clima
para um mês inteiro é um tiro no escuro”. A afirmativa é de Ricardo de
Camargo, professor de Meteorologia da Universidade de São Paulo (USP).
Faz
tempo que analistas cantam a bola e chovem no molhado. A marca da
eleição de 2018 é exatamente a difícil condição de previsibilidade. O
pleito chega à reta final e aparentemente certa mesmo só a iminência da
presença de Jair Bolsonaro no segundo turno.
Quem vai com ele? Aí
são outros quinhentos. Ciro Gomes, Fernando Haddad (em rota de
crescimento), Geraldo Alckmin e Marina Silva, esta em oscilação
negativa, disputam o lugar para enfrentar o ex-capitão do Exército.
Na Paraíba, a coisa não é lá muito diferente.
Se
pudesse ser descrita a grosso modo, a corrida ao Palácio da Redenção
pode ser resumida ao desenho de uma pizza fatiada em três pedaços
maiores.
José Maranhão, candidato do MDB, com seu reccall e
liderança na maioria das poucas pesquisas divulgadas até aqui, Lucélio
Cartaxo (PV), o nome apoiado por Luciano Cartaxo, Romero Rodrigues e
Cássio Cunha Lima, e João Azevedo (PSB), candidato montado no prestígio
político do governador Ricardo Coutinho e na estrutura do Estado, brigam
por cada milímetro de espaço.
É difícil prever com precisão quem serão os dois dos três que vão passar para a próxima etapa da peleja eleitoral.
Tanto
no âmbito nacional quanto no plano estadual, é como se estivéssemos
numa sala metereológica com boletins confusos e imprecisos que trazem
mais nuvens de dúvidas do que raios de certeza.
À vinte dias da eleição, a previsão da eleição é essa: imprevisibilidade. Lá e cá.
Os
próximos dias podem trazer algum sinal com o comportamento das
temperaturas das campanhas e a movimentação dos ares do eleitor.
Tal
qual no alerta do professor Ricardo sobre a dificuldade de longa
previsão pela meteorologia, a eleitoral está quase na mesma: um dia faz
toda a diferença.
Se o clima é “uma caixa de surpresa”, a cabeça do eleitor – em tempos de tantos fenômenos – um sistema tão complexo quanto.
MaisPB - Por Heron Cid
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