Número de candidatos que não possuem o ensino fundamental completo cresceu este ano na Paraíba
Na
Paraíba, o número de candidatos a cargos eletivos que não possuem o
ensino fundamental completo cresceu nas eleições. Passou de 2,06% em
2010 para 5,03% este ano com base nos dados da Justiça Eleitoral. Os
dados nos rematem ao efeito Tiririca, quando o palhaço foi eleito com
uma super votação por ser conhecido na mídia.
Em
2010, a votação de Tiririca foi a maior do país: 1,3 milhão de votos.
Eleito a partir de uma campanha baseada no humor, ele provocou polêmica
ao divulgar sua candidatura usando o bordão “pior que está não fica”,
numa referência à imagem do Congresso. Também precisou lidar com a
suspeita de que seria analfabeto, condição vetada a candidatos.
Depois
de eleito, foi submetido a um teste de alfabetização no Tribunal
Regional Eleitoral (TRE) de São Paulo e passou. No ano em que Tiririca
foi eleito, 132 (0,586%) dos 22.538 candidatos declararam saber apenas
ler e escrever. Os analfabetos são considerados inelegíveis no Brasil.
Para disputar um cargo eletivo, é preciso pelo menos saber ler e
escrever.
Segundo
o professor da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e cientista
político, Lúcio Flávio, o aumento se deve a uma arregimentação de muitas
pessoas onde os critérios para a seleção de candidatos foram
extremamente elásticos. “Os partidos querem garantir votos e espaços e
em muitos casos não observam ou se preocupam com a escolaridade do
candidato”, destacou. De acordo com as estatísticas do TSE, o maior
percentual de candidatos nessa condição está entre postulantes a
deputado estadual e federal.
Fonte: PB Agora

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