Três em cada 10 eleitores brasileiros dizem que podem aderir ao ‘voto útil’ no 1º turno
Três
em cada 10 eleitores admitem mudar seus votos para evitar que um outro
candidato à Presidência ganhe nas eleições 2018. É o que mostra pesquisa
Ibope, encomendada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e
divulgada nesta quarta-feira, 26.
O resultado acima tem como base
um questionamento feito pelo instituto a 2000 eleitores em 126
municípios brasileiros. O Ibope perguntou a esses entrevistados o
seguinte: “qual a probabilidade de você deixar de votar no candidato de
sua preferência, para evitar que outro que você não gosta, vença?”.
Segundo
o instituto, 28% das pessoas ouvidas afirmam que têm probabilidade
“alta” ou “muito alta” de alterarem seu voto a fim de evitar a vitória
de um presidenciável indesejável. Outros 18% classificaram como “média”
essa probabilidade. Já 48% citaram como “baixa” ou “muito baixa” as
chances de uma mudança de voto por esse motivo. Além deles, 6% não sabem
ou não responderam a pergunta.
Para o gerente de pesquisas da
CNI, Renato da Fonseca, ainda é baixa a probabilidade do voto útil. “Vem
se falando tanto nisso e, por isso, a curiosidade para saber como a
população vem percebendo isso. É uma discussão que está aí, há vários
candidatos que estão tentando alavancar em cima disso, mas é preciso
esperar as próximas pesquisas”.
O percentual de mudança pelo voto
útil é mais propenso, principalmente, entre os eleitores de Geraldo
Alckmin (PSDB) e Ciro Gomes (PDT). Aproximadamente 36% dos eleitores
tucanos admitem probabilidade “alta” ou “muito alta” de mudança de voto
para evitar a vitória de outro presidenciável. Entre os eleitores de
Ciro Gomes esse mesmo percentual alcança 35%.
Já os eleitores
de Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT) são menos propensos a
mudarem de voto. Segundo a pesquisa, 58% dos eleitores do candidato do
PSL tratam como “baixa” ou “muito baixa” a possibilidade de mudança de
voto. Entre os que apontam Haddad como candidato essa probabilidade é
“baixa” ou “muito baixa” para 46%.
A
mesma pesquisa mostra que 60% dos eleitores tratam como “baixa” ou
“muito baixa” as chances de trocaram candidatos de sua preferência por
um outro presidenciável com mais chances de ganhar. Neste caso, apenas
16% classificam de “alta” ou “muito alta” a mesma probabilidade.
A
pesquisa divulgada nesta quarta foi realizada pelo Ibope entre 22 e 24
de setembro com 2000 eleitores em 126 municípios brasileiros. A margem
de erro é de 2 pontos porcentuais para mais ou para menos sobre os
resultados encontrados no total da amostra. O nível de confiança é de
95%. A pesquisa foi registrada junto ao Tribunal Superior Eleitoral sob o
protocolo Nº BR-04669/2018.
Fonte: Estadão
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