Orgulho do Brasil, Marta ganha o prêmio de melhor do mundo pela 6ª vez
"As pessoas falam: você já foi [vencedora] tantas vezes e se emociona sempre. Sim, faço isso porque representa muito para mim", afirmou Marta
© REUTERS/John Sibley
A brasileira Marta,
32, conquistou nesta segunda-feira (24) o prêmio de melhor jogadora de
futebol do mundo pela Fifa, em evento realizado em Londres.Esse é o
sexto prêmio da atleta, que havia faturado a condecoração de forma
consecutiva de 2006 a 2010.
"Eu realmente estou sem palavras, pois
é um momento fantástico. As pessoas falam: você já foi [vencedora]
tantas vezes e se emociona sempre. Sim, faço isso porque representa
muito para mim", afirmou Marta, emocionada, durante o seu discurso após
ter recebido o prêmio.
Marta é também a primeira estrela do
futebol mundial a conquistar seis vezes a honraria da Fifa. Entre os
homens, Lionel Messi e Cristiano Ronaldo estão empatados, com cinco
troféus cada um.
No futebol feminino, a vantagem da brasileira é
ainda maior: a alemã Birgit Prinz, já aposentada, é a segunda jogadora
que mais vezes foi eleita, com três prêmios.
Nesta
edição, que marcou sua 12ª participação entre as três melhores do
mundo, a camisa 10 da seleção brasileira superou a norueguesa Ada
Hegerberg, 23, e a alemã Dzsenifer Marozsan, 26.
Ambas foram
campeãs da liga francesa e da Champions League feminina com o Lyon
(FRA), uma das maiores potências internacionais. Hegerberg, inclusive,
foi a artilheira do torneio continental.
Segundo dados da votação
divulgados pela Fifa, Marta teve 14,73% do total de votos.A temporada
que levou a brasileira à condição de melhor atleta do mundo novamente
teve ela como capitã e protagonista do título da seleção na Copa
América, realizada em abril deste ano.
Além disso, Marta foi
importante na classificação do Orlando Pride aos playoffs da liga
americana na temporada 2017/2018. Em sua temporada de estreia nos
Estados Unidos, ela marcou 13 gols, deu seis assistências e ficou em
segundo lugar na votação de MVP (jogadora mais valiosa).
De acordo
com a Fifa, Marta foi determinante para uma "longa arrancada naquela
que é, possivelmente, a liga feminina mais desafiadora do mundo do
futebol."
Contando com a temporada 2018 pelo clube, a meia-atacante já tem 17 gols e dez assistências com a camisa do Orlando Pride.
"Pode
ter certeza que há espaço em casa para tudo que já ganhei desde a
primeira medalha que ganhei no colégio. Tem um lugar especial para esse
também", completou.
Desde a Olimpíada de 2016, no Rio de Janeiro,
quando perdeu na disputa da medalha de bronze e não foi ao pódio, a
seleção feminina de futebol passa por momento delicado.
Após a saída de Oswaldo Alvarez, o Vadão, do comando em novembro de 2016, a CBF contratou Emily Lima.
A
treinadora, porém, não durou muito no cargo. Com apenas 10 meses de
trabalho, ela foi demitida após a decepcionante campanha do Brasil no
Torneio das Nações, na qual a equipe empatou com o Japão e perdeu para
Estados Unidos e Austrália -este último com goleada por 6 a 1.Para o
lugar de Emily, a CBF voltou a chamar Vadão. Neste ano, a equipe
conquistou a Copa América feminina, que garantiu vaga no Mundial de
2019, na França, e na Olimpíada de 2020, no Japão.
O torneio,
contudo, tem nível técnico bastante inferior ao de outras competições.
Na Liga das Nações desta temporada, o Brasil somou duas derrotas, contra
Estados Unidos e Austrália, e apenas uma vitória, diante do Japão.
A
escolha de Marta no futebol feminino contrasta com a ausência de
brasileiros entre os finalistas do masculino. Um jogador do país não é
escolhido desde Kaká, em 2007.
Esporte ao Minuto com informações da Folhapress
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