Agentes de Israel teriam dito que grupo terrorista islâmico tem Jair Bolsonaro como alvo
Segundo colunista de O Globo, o alerta foi dado recentemente na Argentina, e a ameaça é levada a sério por aliados do presidenciável brasileiro.
Já
não bastassem as incógnitas que ainda pairam sobre o atentado a
faca sofrido por Jair Messias Bolsonaro, que concorre à Presidência da
República pelo partido PSL –como, por exemplo, se existem mais pessoas
envolvidas no caso (tais como mandantes) além do perpetrador Adélio
Bispo de Oliveira–, Lauro Jardim, colunista do jornal O Globo, divulgou
que apoiadores próximos do candidato estão preocupados de que
terroristas islâmicos possam ter o presidenciável como um alvo.
Segundo
Jardim, a possibilidade “é levada a sério” pelo entorno do candidato, e
o grupo que estaria por traz da ameaça é o Hezbollah, organização
paramilitar (isto é, uma associação civil com estrutura de organização
semelhante à utilizada por militares) fundamentalista (movimento
religioso que prega interpretação literal de escrituras sagradas, neste
caso o Alcorão) com sede no Líbano.
O comunicado sobre tal cenário
de agressão pode até parecer fantasioso em um primeiro momento, mas foi
dado por nada menos que agentes do Instituto de Inteligência e
Operações Especiais do Estado de Israel, conhecido internacionalmente
como Mossad.
Lauro
Jardim afirmou que a advertência ocorreu recentemente (o colunista não
especificou a data precisa) quando integrantes do serviço secreto
israelense estiveram em visita à Argentina, sendo que aqueles agentes
vieram até a América do Sul para alertar as autoridades locais de que o
Hezbollah “faria duas vítimas” no continente: Mauricio Macri –o atual
presidente argentino– e Jair Bolsonaro, ambos com visão política de direita.
Possível ligação entre Hezbollah e PCC
Complementando
as revelações de Lauro Jardim, o site O Antagonista relembrou nesta
segunda-feira (17) que no início de 2018, José Casado, o qual também
escreve para O Globo, publicou em sua coluna que na virada do ano
agentes provenientes dos Estados Unidos especializados em terrorismo e
tráfico de drogas aumentaram seu contingente de oficiais nas maiores
cidades brasileiras que fazem fronteira com Paraguai e Bolívia, com o
intuito de investigar suspeitas de conexão entre o Hezbollah e um dos
maiores grupos criminosos do Brasil, o PCC (Primeiro Comando da Capital,
fundado em 1993 no Estado de São Paulo).
Na
época da publicação citada acima, Casado já apontava que grandes
facções criminosas do Brasil como o PCC, o carioca Comando Vermelho (CV)
e a amazonense FDN (Família do Norte) estavam passando por um processo
de “internacionalização” ao criarem conexões com grupos de outros países
em busca da hegemonia no comércio de drogas.
Além disso,
existem evidências de que o narcotráfico patrocina determinadas
campanhas eleitorais –em outubro do ano passado, por exemplo, o
traficante conhecido como “Marcinho VP”, preso há 21 anos, disse em
entrevista ao UOL que a venda ilegal de drogas não acaba justamente
porque o tráfico financia candidatos brasileiros aos mais diversos
cargos políticos.
Levando tudo o que foi exposto em
consideração, o quadro de perigo representado para Jair Bolsonaro (um
militar da reserva do Exército) realmente acaba se tornando preocupante
entre os apoiadores mais próximos do candidato, visto que uma das
bandeiras de sua campanha à presidência foca exatamente em uma política
de segurança pública rígida contra marginais, que se traduz, por
exemplo, no estabelecimento em lei do chamado “excludente de ilicitude”
–segurança jurídica na forma de não haver prisão em flagrante de agentes
públicos em situações onde há claro risco de morte de um oficial, o
qual, usando uma arma e fogo e em legítima defesa, possa vir a causar
uma lesão grave ou mesmo a morte de um criminoso durante o estrito
cumprimento do seu dever de proteger a população.
Fonte: Blasting News - Publicado por: Alana Yaponirah
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