Menor cidade do país fica em Minas Gerais e tem menos de 800 moradores; aponta IBGE
A população brasileira é de 208.494.900 habitantes, espalhados pelos
5.570 municípios do país, de acordo com dados divulgados nesta
quarta-feira (29) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE). A estimativa é referente a 1º de julho e mostra crescimento
populacional de 0,82% de 2017 para 2018. No ano passado, o Brasil tinha 207.660.929 habitantes.
Os dados do IBGE integram a estimativa populacional, divulgada a cada
cinco anos. Ela é feita com base nas projeções feitas anualmente, e
revisada a cada cinco anos com base em registros civis, como
fecundidade, mortalidade e saldo migratório de pessoas entre unidades da
federação (UFs).
O município de São Paulo continua sendo o mais populoso do país, com
12,2 milhões de habitantes, seguido pelo Rio de Janeiro (6,7 milhões de
habitantes), Brasília e Salvador (cerca de 3,0 milhões de habitantes
cada).
Em 2017, a população projetada para Minas Gerais era de 21.119.536,
mas, segundo a demógrafa do IBGE em Minas, Luciene Longo, o cálculo
estava inflado. “Na realidade, a população mais correta para 2017 era de
20.908.628. Isso se deu porque percebemos que a fecundidade em Minas
caiu. Recalculando os números para 2018, a estimativa atual é de
21.040.662 pessoas”, explica.
Na estimativa divulgada nesta quarta, Belo Horizonte tem 2.501.576
pessoas, enquanto a região metropolitana (incluindo a capital) tem 5,9
milhões de pessoas.
Dezessete municípios brasileiros têm população superior a 1 milhão de
pessoas e, juntos, eles somam 45,7 milhões de habitantes ou 21,9% da
população do Brasil. De acordo a divulgação, 17 municípios brasileiros
concentram população superior a 1 milhão de pessoas e juntos somam 45,7
milhões de habitantes ou 21,9% da população do Brasil.
Serra da Saudade, em Minas Gerais, é o município brasileiro de menor
população, 786 habitantes, seguido de Borá (SP), com 836 habitantes, e
Araguainha (MT), com 956 habitantes.
Em Minas, maternidade fica para depois
Segundo Luciene Longo, as mulheres mineiras estão mesmo deixando a
maternidade para depois. “Tínhamos uma projeção de fecundidade para o
estado que não se confirmou. Verificamos que as mineiras estão tendo
menos filhos. Temos a menor taxa de fecundidade do país, com 1,62 filhos
por mulher, enquanto Roraima tem a mais alta: 2,31 filhos por mulher.
Várias coisas podem interferir nesses índices. Um comportamento mesmo ou
uma situação atípica, como em 2016, quando houve o surto de zika vírus.
Naquele ano, havia uma estimativa X para a fecundidade nacional e por
unidades da federação, mas a taxa despencou”, comenta.
O cálculo de projeção e estimativa populacional é difícil mesmo. Como
esclarece a demógrafa do IBGE Minas, as estimativas são revisadas e
divulgadas a cada cinco anos, até 31 de agosto. Então, a estimativa
divulgada hoje pelo IBGE segue uma série de hipóteses de comportamento
da população e, somente em 2023, quando for recalculado tudo de novo, é
que os analistas terão um novo dado da realidade.
A projeção é feita a cada ano e divulgada entre julho e agosto. “Por
isso não podemos comparar dados, pois estamos usando um dado projetado,
que a cada ano é recalculado, considerando várias hipóteses de cenário e
no que conhecemos até aquele momento”, diz.
Na divulgação das estimativas populacionais, o IBGE não vai de casa
em casa para contar as pessoas, como no Censo, que ocorre a cada 10
anos. As populações dos municípios são estimadas por um procedimento
matemático e são o resultado da distribuição das populações dos estados,
projetadas por métodos demográficos, entre seus diversos municípios.
O método baseia-se na projeção da população estadual e na tendência
de crescimento dos municípios, delineada pelas populações municipais
captadas nos dois últimos Censos Demográficos (2000 e 2010).
Fundo de participação dos municípios
Os dados de estimativas e projeções são de fundamental importância
não apenas porque servem como parâmetro para inúmeras questões
administrativas e de direcionamento de políticas públicas, mas,
principalmente, porque são usadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU)
para fazer o repasse do Fundo de Participação dos Municípios.
Para falar em tendência para 2019, Luciene Longo explica que é feito
cálculo matemático, de dinâmica populacional. “A mortalidade quase não
teve mudança, pois usamos como base a tábua de mortalidade do Censo 2010
e não temos como mexer. O saldo migratório é o que ocorre entre as UFs
e, com certeza, neste ano, a UF que teve modificação mais expressiva foi
Roraima, por causa da migração da Venezuela.”
Estados
Os três estados mais populosos estão na Região Sudeste, enquanto os
cinco menos populosos, na Região Norte. O mais populoso é o de São
Paulo, com 45,5 milhões de habitantes, concentrando 21,8% da população
do país. Roraima é o menos populoso, com 576,6 mil habitantes, apenas
0,3% da população total.
As estimativas da população residente para os municípios brasileiros,
com data de referência em 1º de julho de 2018, foram calculadas com
base na Projeção de População (Revisão 2018) divulgada no último dia 27
de julho pelo IBGE.
Segundo o instituto, essa revisão incorporou os imigrantes
venezuelanos no estado de Roraima, dos quais 99% estavam concentrados
nos municípios de Boa Vista e Pacaraima.
Regiões metropolitanas
Entre as regiões metropolitanas e Regiões Integradas de
Desenvolvimento (Rides), a de São Paulo é a mais populosa, com 21,6
milhões de habitantes, seguida do Rio de Janeiro (12,7 milhões de
habitantes), de Belo Horizonte (5,9 milhões de habitantes) e da Região
Integrada de Desenvolvimento (Ride) do Distrito Federal e Entorno, com
4,3 milhões de habitantes.
Ainda entre as regiões metropolitanas ou Rides, 28 têm população
superior a 1 milhão de habitantes e somam 98,7 milhões de habitantes,
representando 47,3% da população total. O conjunto das 27 capitais
totaliza 49,7 milhões de habitantes, reunindo 23,8% da população do
país.
De Cristiana Andrade com informações da Agência Brasil e do IBGE
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