quarta-feira, 29 de agosto de 2018

Somos 208 milhões de habitantes no Brasil!

Menor cidade do país fica em Minas Gerais e tem menos de 800 moradores; aponta IBGE





A população brasileira é de 208.494.900 habitantes, espalhados pelos 5.570 municípios do país, de acordo com dados divulgados nesta quarta-feira (29) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A estimativa é referente a 1º de julho e mostra crescimento populacional de 0,82% de 2017 para 2018. No ano passado, o Brasil tinha 207.660.929 habitantes.
Os dados do IBGE integram a estimativa populacional, divulgada a cada cinco anos. Ela é feita com base nas projeções feitas anualmente, e revisada a cada cinco anos com base em registros civis, como fecundidade, mortalidade e saldo migratório de pessoas entre unidades da federação (UFs).
O município de São Paulo continua sendo o mais populoso do país, com 12,2 milhões de habitantes, seguido pelo Rio de Janeiro (6,7 milhões de habitantes), Brasília e Salvador (cerca de 3,0 milhões de habitantes cada).
Em 2017, a população projetada para Minas Gerais era de 21.119.536, mas, segundo  a demógrafa do IBGE em Minas, Luciene Longo, o cálculo estava inflado. “Na realidade, a população mais correta para 2017 era de 20.908.628. Isso se deu porque percebemos que a fecundidade em Minas caiu. Recalculando os números para 2018, a estimativa  atual é de 21.040.662 pessoas”, explica.
Na estimativa divulgada nesta quarta, Belo Horizonte tem 2.501.576 pessoas, enquanto a região metropolitana (incluindo a capital) tem 5,9 milhões de pessoas.
Dezessete municípios brasileiros têm população superior a 1 milhão de pessoas e, juntos, eles somam 45,7 milhões de habitantes ou 21,9% da população do Brasil. De acordo a divulgação, 17 municípios brasileiros concentram população superior a 1 milhão de pessoas e juntos somam 45,7 milhões de habitantes ou 21,9% da população do Brasil.
Serra da Saudade, em Minas Gerais, é o município brasileiro de menor população, 786 habitantes, seguido de Borá (SP), com 836 habitantes, e Araguainha (MT), com 956 habitantes.
Em Minas, maternidade fica para depois
Segundo Luciene Longo, as mulheres mineiras estão mesmo deixando a maternidade para depois. “Tínhamos uma projeção de fecundidade para o estado que não se confirmou. Verificamos que as mineiras estão tendo menos filhos. Temos a menor taxa de fecundidade do país, com 1,62 filhos por mulher, enquanto Roraima tem a mais alta: 2,31 filhos por mulher. Várias coisas podem interferir nesses índices. Um comportamento mesmo ou uma situação atípica, como em 2016, quando houve o surto de zika vírus. Naquele ano, havia uma estimativa X para a fecundidade nacional e por unidades da federação, mas a taxa despencou”, comenta.
O cálculo de projeção e estimativa populacional é difícil mesmo. Como esclarece a demógrafa do IBGE Minas, as estimativas são revisadas e divulgadas a cada cinco anos, até 31 de agosto. Então, a estimativa divulgada hoje pelo IBGE segue uma série de hipóteses de comportamento da população e, somente em 2023, quando for recalculado tudo de novo, é que os analistas terão um novo dado da realidade.
A projeção é feita a cada ano e divulgada entre julho e agosto. “Por isso não podemos comparar dados, pois estamos usando um dado projetado, que a cada ano é recalculado, considerando várias hipóteses de cenário e no que conhecemos até aquele momento”, diz.
Na divulgação das estimativas populacionais, o IBGE não vai de casa em casa para contar as pessoas, como no Censo, que ocorre a cada 10 anos. As populações dos municípios são estimadas por um procedimento matemático e são o resultado da distribuição das populações dos estados, projetadas por métodos demográficos, entre seus diversos municípios.
O método baseia-se na projeção da população estadual e na tendência de crescimento dos municípios, delineada pelas populações municipais captadas nos dois últimos Censos Demográficos (2000 e 2010).
Fundo de participação dos municípios
Os dados de estimativas e projeções são de fundamental importância não apenas porque servem como parâmetro para inúmeras questões administrativas e de direcionamento de políticas públicas, mas, principalmente, porque são usadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU) para fazer o repasse do Fundo de Participação dos Municípios.
Para falar em tendência para 2019, Luciene Longo explica que é feito cálculo matemático, de dinâmica populacional. “A mortalidade quase não teve mudança, pois usamos como base a tábua de mortalidade do Censo 2010 e não temos como mexer. O saldo migratório é o que ocorre entre as UFs e, com certeza, neste ano, a UF que teve modificação mais expressiva foi Roraima, por causa da migração da Venezuela.”
Estados
Os três estados mais populosos estão na Região Sudeste, enquanto os cinco menos populosos, na Região Norte. O mais populoso é o de São Paulo, com 45,5 milhões de habitantes, concentrando 21,8% da população do país. Roraima é o menos populoso, com 576,6 mil habitantes, apenas 0,3% da população total.
As estimativas da população residente para os municípios brasileiros, com data de referência em 1º de julho de 2018, foram calculadas com base na Projeção de População (Revisão 2018) divulgada no último dia 27 de julho pelo IBGE.
Segundo o instituto, essa revisão incorporou os imigrantes venezuelanos no estado de Roraima, dos quais 99% estavam concentrados nos municípios de Boa Vista e Pacaraima.
Regiões metropolitanas
Entre as regiões metropolitanas e Regiões Integradas de Desenvolvimento (Rides), a de São Paulo é a mais populosa, com 21,6 milhões de habitantes, seguida do Rio de Janeiro (12,7 milhões de habitantes), de Belo Horizonte (5,9 milhões de habitantes) e da Região Integrada de Desenvolvimento (Ride) do Distrito Federal e Entorno, com 4,3 milhões de habitantes.
Ainda entre as regiões metropolitanas ou Rides, 28 têm população superior a 1 milhão de habitantes e somam 98,7 milhões de habitantes, representando 47,3% da população total. O conjunto das 27 capitais totaliza 49,7 milhões de habitantes, reunindo 23,8% da população do país.
De Cristiana Andrade com informações da Agência Brasil e do IBGE 

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