Professor dizia a advogada assassinada que tinha nojo dela na cama, conta amiga
Uma
amiga da advogada Tatiane Spitzner, que morreu após brigar com o
marido, Felipe Manvailer, de 32 anos, contou detalhes da relação
abusiva. A vendedora Juliane Santos, de 35 anos, não achava que as
confidências eram tão preocupantes, pois pensava que era apenas “papo de
mulher”
“A Tati era muito reservada com os assuntos pessoais, mas
comigo ela se abria. Da primeira vez em que se queixou do Luis Felipe,
disse que o ciúme dele a incomodava”, disse.
De acordo com o site
do Paulo Sampaio, do UOL, as duas se afastaram um pouco quando o casal
foi morar na Alemanha, onde Felipe fez uma pós-graduação. Quando os dois
voltaram a morar em Guarapuava, as amigas passaram a se falar com mais
frequência.
“A Tati me ligou em novembro para dar parabéns pelo
meu aniversário, e já quis marcar um café. Naquele ponto, as reclamações
passaram a ser mais incisivas. Ela dizia coisas como ‘casamento não é
fácil’ e ‘às vezes eu penso em me separar, mas aí me dá uma gastura só
de imaginar a burocracia da separação, e depois desmontar o apartamento,
fazer a mudança…”, contou.
Juliane disse que soube mais da
seriedade do caso quando as duas marcaram um café e conversaram no dia 8
de maio. “Ela abriu o jogo. Disse que o Luis Felipe a estava tratando
muito mal, a rebaixava na frente dos outros, fazia tudo para
contrariá-la, e chegou a dizer que a odiava”, revelou.
O marido
está preso e é acusado de crimes de homicídio com quatro qualificadoras
(meio cruel, dificultar defesa da vítima, motivo torpe e feminicídio);
de cárcere privado (por impedir a fuga de Tatiane); e fraude processual
(por remover o corpo da vítima da calçada do prédio onde moravam e
alterar a cena do crime).
“A Tati um dia se queixou comigo de que
ela e o Luis Felipe não transavam fazia mais de um mês”, afirmou
Juliane. “A gente passou a teclar muito. Ela me contava tudo. Disse que,
como o Luís Felipe não a procurava na cama, ela tentava se aproximar,
mas ele e empurrava e dizia que tinha nojo dela”, completou.
No
dia 22 de julho, Tatiane foi encontrada morta após cair do 4º andar do
prédio em que eles moravam, em Guarapuava (PR). Uma perícia constatou
que a advogada sofreu uma fratura no pescoço, típica de vítimas
de esganadura.
Notícias ao Minuto

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