Famílias separadas pela Guerra da Coreia se reencontram nesta segunda-feira
Idosos
sul e norte-coreanos se reencontraram nesta segunda-feira (20),
na Coreia do Norte, pela primeira vez desde que as suas famílias e a
península foram separadas pela Guerra da Coreia (1950-1953).
Esta
nova série de reuniões de famílias divididas, que é a primeira em três
anos, foi decidida após a reunião do líder norte-coreano, Kim Jong-un, e
do presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, em abril deste ano.
Os
reencontros acontecem em um resort na cidade de Monte Kumgang, sob a
supervisão de agentes norte-coreanos. Até a próxima quarta-feira (22),
89 idosos sul-coreanos e seus companheiros de viagem passarão 11 horas
com os familiares do Norte nesse local.
Eles não se viam desde a
guerra, quando ficaram presos nos dois lados da Zona Desmilitarizada,
que hoje separa as duas Coreias. Lee Keum-seom ficou separada do marido e
do filho, que na época tinha quatro anos, e partiu em uma balsa para o
Sul com sua filha, que a acompanha neste reencontro.
“Quantas crianças você tem? Você tem um filho?”, perguntou a mãe durante o reencontro.
“Mãe, meu pai era assim”, disse o filho mostrando uma foto de seu pai, que também ficou na Coreia do Norte.
Antes
de partir para o encontro, Lee disse que queria perguntar ao filho como
ele cresceu sem a mãe e como seu pai o tinha criado. “Não sei o que
sinto, se é positivo, ou negativo. Não sei se é real, ou um sonho”,
afirmou a idosa antes do encontro.
No Sul, ela voltou a se casar e criou sete crianças, mas nunca deixou de se preocupar com aquele filho.
Reencontros
A
Guerra da Coreia separou milhões de pessoas: irmãos, pais e filhos,
maridos e mulheres. O conflito acabou com um armistício, sem a
assinatura de um tratado de paz. Por isso, Norte e Sul ainda estão
tecnicamente em estado de guerra e as comunicações civis permanecem
proibidas.
Após o encontro em abril, Moon e Kim Jong-un se comprometeram a assinar um acordo de paz ainda em 2018.
G1
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