Subtenente do Exército é preso em operação da Polícia Civil na manhã desta quinta-feira
Um dos presos na operação da Polícia Civil no RJ tentou se esconder com a ajuda de uma toalha - (Foto: Reprodução/ TV Globo) |
A
operação da Polícia Civil de Itaguaí, deflagrada na manhã de hoje (2),
contra milicianos resultou na prisão de 13 pessoas suspeitas de compor
uma quadrilha que atuava no próprio município e nas redondezas. Um dos
detidos é o subtenente do Exército Marco Antônio Cosme, responsável por
dar ordens para a organização criminosa e por receber o dinheiro que
vinha das extorsões e dos serviços oferecidos pela milícia.
A
Operação Freedom também tem como alvo o policial ativo Antônio Carlos de
Lima, afastado da corporação por licença médica, e o ex-sargento da
Polícia Militar (PM), Carlos Eduardo Benevides. Lima é apontado como o
braço-direito do chefe da quadrilha, Wellignton da Silva Braga, o Ecko –
preso há um mês e meio durante as investigações.
A polícia
encontrou armas, uma espada e um porrete na casa de Lima e uma camisa da
Liga da Justiça – nome do grupo enquanto atuava em Campo Grande, zona
oeste do Rio – na casa de Benevides. Ambos estão foragidos.
Segundo
o delegado responsável pelo caso, Moisés Santana, o grupo é audacioso,
violento e agia, inclusive, se apropriando de terrenos e casas para
alugar para terceiros ou vender. “Tem alguns conjuntos habitacionais,
espécie Minha Casa Minha Vida, em que eles entraram e expulsaram os
moradores e colocaram novos moradores que pagam taxas a eles”, disse.
A
investigação, que já dura cerca de três meses e meio, iniciou-se após
denúncias de moradores da região que relataram as constantes extorsões
que sofriam pelo grupo.
Segundo a Polícia Civil, o grupo movimenta
grandes montantes de dinheiro em razão dos diversos serviços que
oferece, como rede de internet e TV a cabo, botijão de gás, galões de
água e cestas básicas, e também pelas taxas que cobravam dos moradores e
comerciantes da região.
As taxas variavam de R$30 a R$1 mil,
dependendo das condições econômicas de cada um. Os valores eram cobrados
em troca de uma suposta segurança que seria oferecida pela quadrilha.
A
operação tem o objetivo de cumprir 42 mandados de prisão e 87 mandados
de busca e apreensão. Os procurados são acusados de integrar a quadrilha
que atua nos bairros de Campo Grande, Cosmos, Santa Cruz, Paciência e
na cidade de Itaguaí, Região Metropolitana do Rio. Os criminosos são
investigados por diversos crimes, como homicídios, adulteração de
veículos, receptação, porte de armas, roubos e tráfico de drogas.
Em
nota, o Comando Militar do Leste (CML) informou que colaborou com as
investigações e que o subtenente está preso e à disposição da Justiça
Comum.
Agência Brasil
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