sexta-feira, 24 de agosto de 2018

Operação Cronos prende 1029 pessoas em todo o país

Mais de mil são presos em operação contra feminicídio, de acordo com balanço divulgado no final da tarde


Novo balanço da Operação Cronos, divulgado no fim da tarde desta sexta-feira (24), contabiliza 1.029 pessoas presas e 75 adolescentes apreendidos em todo o país. Dentro os presos, 14 foram pela prática de feminicídio, 225 por homicídio, 143 por crimes relacionados a Lei Maria da Penha e 421 por crimes diversos. A operação foi deflagrada nesta manhã pela Polícia Civil de diversos estados e tem apoio do Ministério da Segurança Pública.
Segundo o Ministério da Segurança Pública, foram autuadas em flagrante 224 pessoas pelos delitos de tráfico de drogas e posse ou porte irregular de arma de fogo, entre outros crimes. Também foram apreendidas 66 armas de fogo e cerca de 150 quilos de drogas.
Mais de 6,6 mil policiais civis em todo o país estão participando das ações que visam a combater, principalmente, crimes de feminicídio e homicídio. O resultado final da operação será divulgado neste sábado (25).
Mais cedo, o presidente do Conselho Nacional dos Chefes de Polícias Civis, delegado Emerson Wendt, informou que mais de mil prisões deveriam ser feitas até o fim desta sexta-feira. “O que estamos fazendo hoje é um esforço concentrado no combate ao feminicídio.”
A Operação Cronos é coordenada pelo Conselho Nacional dos Chefes de Polícias Civis. A ação foi definida em julho, durante reunião com o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann.
Segundo o ministro, essa megaoperação é o exemplo, na prática, do funcionamento do Sistema Único de Segurança Pública (Susp) com a integração das polícias com o Ministério Público e o Poder Judiciário que, neste caso, tem o objetivo de combater a violência, especialmente o feminicídio.
As investigações também contaram com o apoio da coleta de material genético que deve chegar a um banco de dados até o fim do próximo ano com 130 mil DNAs coletados. “Quando ocorrer um estupro, um feminicídio, é possível fazer a comparação do material genético encontrado na cena do crime com os DNAs”, disse Jungmann. “Dá velocidade, precisão, e permite a elucidação de crimes.”
O nome da operação, Cronos, é uma referência à supressão do tempo de vida da vítima, reduzido pelo autor do crime.
R7

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