Mais de mil são presos em operação contra feminicídio, de acordo com balanço divulgado no final da tarde
Novo
balanço da Operação Cronos, divulgado no fim da tarde desta sexta-feira
(24), contabiliza 1.029 pessoas presas e 75 adolescentes apreendidos em
todo o país. Dentro os presos, 14 foram pela prática de feminicídio,
225 por homicídio, 143 por crimes relacionados a Lei Maria da Penha e
421 por crimes diversos. A operação foi deflagrada nesta manhã pela
Polícia Civil de diversos estados e tem apoio do Ministério da Segurança
Pública.
Segundo o Ministério da Segurança Pública, foram
autuadas em flagrante 224 pessoas pelos delitos de tráfico de drogas e
posse ou porte irregular de arma de fogo, entre outros crimes. Também
foram apreendidas 66 armas de fogo e cerca de 150 quilos de drogas.
Mais
de 6,6 mil policiais civis em todo o país estão participando das ações
que visam a combater, principalmente, crimes de feminicídio e homicídio.
O resultado final da operação será divulgado neste sábado (25).
Mais
cedo, o presidente do Conselho Nacional dos Chefes de Polícias Civis,
delegado Emerson Wendt, informou que mais de mil prisões deveriam ser
feitas até o fim desta sexta-feira. “O que estamos fazendo hoje é um
esforço concentrado no combate ao feminicídio.”
A Operação Cronos é
coordenada pelo Conselho Nacional dos Chefes de Polícias Civis. A ação
foi definida em julho, durante reunião com o ministro da Segurança
Pública, Raul Jungmann.
Segundo o ministro, essa megaoperação é o
exemplo, na prática, do funcionamento do Sistema Único de Segurança
Pública (Susp) com a integração das polícias com o Ministério Público e o
Poder Judiciário que, neste caso, tem o objetivo de combater a
violência, especialmente o feminicídio.
As investigações também
contaram com o apoio da coleta de material genético que deve chegar a um
banco de dados até o fim do próximo ano com 130 mil DNAs coletados.
“Quando ocorrer um estupro, um feminicídio, é possível fazer a
comparação do material genético encontrado na cena do crime com os
DNAs”, disse Jungmann. “Dá velocidade, precisão, e permite a elucidação
de crimes.”
O nome da operação, Cronos, é uma referência à supressão do tempo de vida da vítima, reduzido pelo autor do crime.
R7
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