Família mostra mensagens de advogada morta a amiga
A
defesa de Luís Felipe Manvalier, suspeito de matar a mulher Tatiane
Spitzner em Guarapuava, na região central do Paraná, afirmou que as
conversas dela com uma amiga no celular estão “fora de contexto”.
Tatiane foi encontrada morta depois de cair do 4º andar do prédio onde
morava.
A
queda foi na madrugada do dia 22 de julho, no Centro. O marido está
preso e foi indiciado por feminicídio. Ele nega ter jogado Tatiane da
sacada. O casal estava junto havia cinco anos e era “feliz”, de acordo
com a defesa dele.
A
defesa da família da advogada anexou, na terça-feira (31), conversas
por WhatsApp de Tatiane com uma amiga falando sobre a relação com o
marido. Nas mensagens, entre março e junho deste ano, ela relata sentir
“medo” e diz que Manvailer tem “ódio mortal” por ela.
Os trechos, de acordo com a defesa da família, fazem parte do pedido de manutenção da prisão preventiva do marido.
“(…)
a hipótese de sua liberdade durante as investigações ou a colheita
judicial da prova gera temor em familiares de Tatiane possivelmente em
testemunhas do caso, restando evidenciada a necessidade de manutenção da
sua prisão”, diz trecho do pedido.
Veja trechos e prints das conversas
Tatiane: Nem conversamos estamos
Tatiane: Sim
Tatiane: Que situação
Tatiane: E hj estou aberta
Tatiane: Só tomando pancada
Amiga: Manda esse cara ir embora amiga
Tatiane: N consigo bloquear
Tatiane: Estou com medo amiga
Tatiane: Estou acabada, amiga, tive uma conversa feia com o Luis Felipe ontem, só me falta coragem pra encarar um divórcio
Tatiane: Grosseiro, estúpido, falou que tem ódio mortal de mim, que não sabe quando vai passar essa raiva, q não quer nem falar comigo
Tatiane: Só me critica, qualquer coisa que eu abra a boca ele é contra
Tatiane: Me corta
Tatiane: Tá péssimo
Tatiane: Sabe quando vc vê que a pessoa te odeia
Em
nota, a defesa de Luis Felipe disse que “já impugnou os referidos
materiais via petição por entender que essas não têm valor legal”.
Também
informou que os prints apresentados só terão valor jurídico se o
“celular de onde supostamente as mensagens foram extraídas passar por
uma perícia”. Para a defesa, “sem tal procedimento, as mensagens não
passam de informações fora de contexto e sem valor legal”.
Por
fim, a defesa se reservou ao direito de não comentar “as declarações
dadas pela autoridade policial de Guarapuava, uma vez que não teve
acesso nem às declarações na íntegra tampouco ao relatório do Inquérito
Policial”.
Indiciamento
De
acordo com o delegado Bruno Miranda Maciozeki, o indiciamento foi por
homicídio qualificado, motivo torpe, uso de meio cruel que
impossibilitou a defesa da vítima e condição do sexo feminino.
“[Ele]
retirou o corpo do local e apagou as manchas e marcas de sangue
existentes no hall do edifício com evidente intuito de induzir ao erro
os peritos e o juiz”, afirma o delegado.
O
marido nega as acusações. Ele foi preso no mesmo dia da morte da mulher
após sofrer um acidente na BR-277, em São Miguel do Iguaçu, a 340
quilômetros de Guarapuava.



G1
Nenhum comentário:
Postar um comentário