Supremo Tribunal Federal mantém ex-ministro José Dirceu em liberdade até análise de recurso
A
Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta
terça-feira (20), por três votos a dois, manter solto o ex-ministro da
Casa Civil José Dirceu, que havia sido preso após condenação em segunda
instância na Lava Jato. Os ministros também decidiram manter solto o
ex-tesoureiro do PP João Cláudio Genu, que também foi preso por conta da
condenação em segunda instância, mas estava em liberdade.
Nos
dois casos, os ministros votaram pela soltura até o julgamento de
recurso contra a condenação no Superior Tribunal de Justiça (STJ) em
razão da “plausibilidade jurídica” do recurso, ou seja, por considerar
que a argumentação do recurso poderia levar a uma revisão da condenação,
mesmo que somente na redução da pena.
No
fim de junho, por três votos a um, a turma decidiu soltar o ex-ministro
petista, com condenação confirmada em segunda instância a mais de 30
anos de prisão. Ele começou a cumprir pena em maio por corrupção ativa,
lavagem de dinheiro e organização criminosa na Operação Lava Jato, mas
foi solto um mês depois por ordem do STF.
Toffoli
votou pela soltura, mas o relator da Lava Jato, o ministro Luiz Edson
Fachin pediu vista, mais tempo para analisar a questão. Mesmo diante do
pedido de vista, os outros três ministros da turma – Dias Toffoli,
Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski – decidiram conceder liberdade a
Dirceu pelo menos até que Fachin devolvesse o processo para julgamento
na turma.
Agora,
a Segunda Turma decidiu, por maioria, que concorda com o voto de
Toffoli e autoriza que Dirceu e Genu aguardem o resultado do recurso ao
STJ em liberdade. Na prática, a Segunda Turma confirmou uma exceção na
prisão após condenação em segunda instância se houver fundamento no
recurso apresentado aos tribunais superiores.
G1
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