Moro manda prender, nesta segunda-feira, ex-executivos da empreiteira Mendes Júnior
O
juiz Sérgio Moro, responsável pelos processos da Lava Jato na primeira
instância, mandou prender, nesta segunda-feira (13), os ex-executivos da
empreiteira Mendes Júnior Sergio Cunha Mendes, Rogério Cunha Pereira e
Alberto Elísio Vilaça Gomes para cumprimento de pena.
O
ex-vice-presidente da Mendes Júnior Sérgio Cunha Mendes foi condenado
pelo TRF-4 a 27 anos e 2 meses de prisão. Rogério Cunha Pereira,
ex-diretor de Óleo e Gás da empresa, recebeu pena em segunda instância
de 18 anos e 9 meses, e Alberto Vilaça, antecessor de Cunha Pereira no
cargo, foi condenado a 11 anos e 6 meses.
Os
três foram considerados culpados por crimes de corrupção ativa e
associação criminosa. Sérgio Cunha Mendes e Rogério Cunha Pereira ainda
foram sentenciados por crimes de lavagem de dinheiro.
Na
decisão, segundo Moro, pouco mais de R$ 31 milhões foram pagos em
vantagem indevida pela Mendes Júnior Trading Engenharia em contratos da
Petrobras para a Diretoria de Abastecimento da Petrobrás. Os valores
foram objeto de ocultação e dissimulação através do escritório de
lavagem de dinheiro de Alberto Youssef, conforme Moro.
Para
facilitar o cumprimento, Moro determinou “que a autoridade policial
conceda aos presos o prazo de vinte e quatro horas para se apresentarem
voluntariamente, desde que apresentado compromisso expresso e por
escrito subscrito pelo condenado e também pelo defensor”.
A
decisão de conceder ou não o prazo, segundo o juiz, fica submetida à
“discricionariedade da autoridade policial”. O juiz federal determinou
que os presos sejam encaminhados para o Complexo Médico Penal em
Pinhais, na ala reservada aos outros presos da Lava Jato.
Os
executivos foram denunciados após a 7ª fase da operação,deflagrada em
novembro de 2014, que investigou irregularidades em contratos da
Petrobras com empreiteiras.
O
processo teve por objeto contratos e aditivos da Mendes Júnior com a
Petrobras na Refinaria de Paulínia (Replan), na Refinaria Getúlio Vargas
(Repar), no Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), no
Terminal Aquaviário Barra do Riacho, na Refinaria Gabriel Passos, e nos
Terminais Aquaviários de Ilha Comprida e Ilha Redonda.
G1

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