João Pessoa recebe nesta terça-feira grupo de refugiados da Venezuela
Foto: (Antônio Cruz/Agência Brasil) |
João
Pessoa recebe nesta terça-feira (28) 69 refugiados da Venezuela. No
total, 187 imigrantes deixaram Boa Vista, capital de Roraima, com
destino também a Manaus e São Paulo em busca de oportunidades.
No mês de julho a Paraíba recebeu um grupo formado por 44 venezuelanos, que foi acolhido em um abrigo no município do Conde.
O
grupo transferido nesta terça-feira é o primeiro da sexta etapa do
processo de interiorização dos migrantes que cruzaram a fronteira do
país, fugindo da crise político-econômica da Venezuela.
Ao todo,
ao longo da semana, serão 278 pessoas transferidas em aviões da Força
Aérea Brasileira (FAB). Na próxima quinta-feira, 60 deles serão levados
para a cidade paranaense de Goioerê, 25 para o Rio de Janeiro e quatro
para Brasília.
Entre abril a julho deste ano, 820 pessoas foram
transferidas de Roraima para sete cidades. A maior parte deles (287) foi
encaminhada para centros de acolhimento em São Paulo.
A previsão
da Casa Civil da Presidência da República, que tem coordenado a ação, é
que, somando os meses de agosto e setembro, a interiorização inclua
outros mil venezuelanos. De acordo com o órgão, em setembro, cerca de
400 pessoas devem ser transportadas a cada semana.
Alternativa
A
transferência para outras cidades acontece de forma voluntária como uma
alternativa para os migrantes que estão vivendo em situação de extrema
vulnerabilidade.
A partir da manifestação das cidades que
disponibilizam espaços para acolher estas pessoas e do perfil desses
abrigos, são identificados os que têm interesse em participar do
processo.
Todos os venezuelanos que migram para outras cidades
recebem vacina e são submetidos a exame de saúde. A situação deles no
país também é regularizada e os migrantes passam a ter CPF (Cadastro de
Pessoa Física) e carteira de trabalho.
A ação tem sido feita em
parceria entre o governo e organismos internacionais ligados às Nações
Unidas, como as Agências para Refugiados (Acnur) e para as Migrações
(OIM), além do Fundo de População das Nações Unidas (Unfa) e do Programa
das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud).
De acordo com a
Casa Civil, ainda antes do embarque dos refugiados, os órgãos envolvidos
no processo, as autoridades locais e a coordenação dos abrigos definem
estratégias para garantir o atendimento de saúde aos refugiados, a
matrícula das crianças em escolas nas cidades, a garantia de um reforço
para o ensino da Língua Portuguesa e cursos profissionalizantes.
Outra medida é voltada para o setor privado que têm sido motivado a absorver a mão de obra refugiada.
MaisPB com Agência Brasil
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