Como será a sessão do Tribunal Superior Eleitoral que pode definir futuro da candidatura de Lula
O registro feito pelo PT da candidatura do ex-presidente Luiz Inácio
Lula da Silva, preso e condenado na Lava Jato, e a incerteza de sua
presença no horário eleitoral no rádio e na TV provocaram uma divisão
interna no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), opondo a presidente da
Corte, Rosa Weber, e o relator do caso, Luís Roberto Barroso. A
expectativa no TSE é de que o caso Lula seja levado ao plenário hoje,
durante a sessão extraordinária a partir das 14h30.
1. Quem pediu para barrar a presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no horário eleitoral?
A
Procuradoria-Geral da República (PGR) e o partido Novo. A
procuradora-geral da República, Raquel Dodge, pediu que o petista não
fosse reconhecido nem como candidato sub judice, ou seja, que não
tivesse direito de efetuar atos de campanha eleitoral, como usar o
horário eleitoral gratuito no rádio e na televisão. Raquel também
solicitou que o ex-presidente fosse impedido de financiar sua
candidatura com recursos públicos. O Novo, por sua vez, quer suspender
os direitos de Lula realizar gastos de recursos oriundos do fundo
partidário e do fundo eleitoral, impedir a participação do petista em
debates e barrar a realização de qualquer tipo de propaganda eleitoral.
2. O que pode ser julgado pelo plenário do TSE na sessão extraordinária desta sexta-feira?
Está
previsto na sessão extraordinária o julgamento dos pedidos de registro
dos candidatos à Presidência da República Geraldo Alckmin (PSDB) e José
Maria Eymael (Democracia Cristã). A pauta do TSE está sujeita a
alterações. A expectativa dentro do tribunal é a de que seja levado ao
plenário os pedidos para barrar a presença de Lula no horário eleitoral,
mas ministros não descartam a possibilidade de o próprio registro do
ex-presidente ser julgado pelo tribunal.
3.O que acontece com o horário eleitoral do PT se o TSE barrar a presença de Lula?
O
tema é alvo de controvérsia, segundo especialistas ouvidos pela
reportagem. “Creio que, enquanto não houver a substituição, não pode
haver programa. A lei trata de modo diferente as situações de
substituição por morte em relação a impedimento de candidatos”, avalia o
advogado eleitoral Fabrício Medeiros. Para uma fonte do TSE, o certo
seria que a tela ficasse azul durante o programa eleitoral de Lula. Mas
existem outras duas alternativas poderiam ser consideradas: redistribuir
o tempo entre os demais candidatos ou até mesmo deixar o tempo com a
coligação do PT, mesmo sem a presença do ex-presidente Lula.
Fonte: Estadão
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