Paraibano e outros ativistas do MST encerram greve de fome neste sábado após 26 dias
Depois de 26 dias de greve de fome, 7 ativistas do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Teto (MST) encerraram
o protesto neste sábado (25). Foi organizado um “grande ato de
solidariedade” para marcar o fim do ato, que protestava contra. E o MST
divulgou, em nota oficial, que objetivo foi cumprido.
Durante o período da greve de fome, os ativistas pediram principalmente que Lula seja autorizado a ser candidato a presidente nas eleições deste ano. Como a maior reclamação era contra o Supremo Tribunal Federal (STF), eles se encontraram com o juiz Ricardo Lewandowski durante esse período, em 9 de agosto.
O
MST destacou que o fim da greve não significa o fim da jornada de
protestos: “lutaremos de forma incansável pelo respeito à justiça,
garantindo Lula Livre e pelo seu direito de disputar as eleições. Pela
construção soberana de um Projeto Popular para o Brasil”.
Veja o manifesto do MST na íntegra:
“No
dia 31 de julho, iniciamos a Greve de Fome por Justiça no STF – Supremo
Tribunal Federal, com um manifesto à sociedade que foi protocolado no
próprio STF, num ato político que resultou em repressão absurda e
descabida aos militantes grevistas. Mas não conseguiram calar as nossas
vozes: resistimos e ainda mais fortes e indignados, deflagramos o
processo da greve de fome.
Nosso objetivo com a greve é
contribuir na luta pelo enfrentamento ao golpe que sob o contexto de
crise profunda do capital, amplia os processos de exploração do trabalho
e dos nossos bens naturais, causando aumento da desigualdade, da fome,
da miséria, do desemprego e da violência social. A greve de fome luta
por soberania popular, pelo controle de nossos bens estratégicos do
petróleo e da energia, pelo direito do povo de participar do poder e
decidir os rumos do país. Por isso lutamos pela libertação do presidente
Lula, que está encarcerado desde o dia 7 de abril, sem crime e sem
prova. Portanto Lula é inocente e sua prisão tem caráter político.
Denunciamos
com a greve de fome a ditadura do judiciário, principalmente do STF que
de forma arbitrária tomou o lugar do povo, rasgando a Constituição
brasileira e fragilizando ainda mais a democracia, construída na dura
disputa da luta de classes.
Sabemos que a greve de fome é
um ato extremo, mas o praticamos de forma consciente, inspirados na
revolucionária resistência ativa, historicamente forjada pelos povos que
não baixaram a cabeça diante das elites dominantes.
E
após 26 dias de Greve de Fome, decidimos por sua suspensão, por entender
que ela cumpriu com seu sentido provocador dos objetivos que propusemos
desde o início desta ação politica. Nos sentimos vitoriosos, pois assim
se sentem os povos que lutam e tivemos acúmulos importantes para o
conjunto da luta popular.
Fonte: UOL - Publicado por: Larissa Freitas
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