Um adolescente australiano de 16 anos invadiu rede da Apple e roubou dados
Um
adolescente australiano de 16 anos está respondendo a um processo
criminal em um tribunal juvenil por invadir a rede da Apple, fabricante
do iPhone e empresa com maior valor de mercado do mundo. Ele teria
copiado 90 GB de dados sensíveis. O jovem se declarou culpado e sua
sentença deve ser divulgada no dia 20 de setembro.
Segundo
a imprensa australiana, o advogado do adolescente afirmou que ele é fã
da Apple e sonhava em um dia trabalhar na empresa. Ele também teria dito
que o garoto tem fama internacional no submundo da internet e que dar
detalhes excessivos do caso poderia colocá-lo em risco.
A Apple,
que tem sede na Califórnia, é obrigada pela legislação local a informar
seus clientes quando alguma informação pessoal é vazada ou roubada por
terceiros. De acordo com a agência Reuters, a Apple destacou que nenhuma
informação pessoal de clientes foi obtida pelo adolescente. A companhia
também disse que sua equipe de segurança identificou o acesso não
autorizado, conteve a ação e denunciou o caso às autoridades.
De acordo com uma reportagem do “The Age”, o invasor obteve chaves secretas que dão acesso a sistemas particulares da Apple.
As
autoridades chegaram ao garoto depois que o FBI repassou a denúncia da
Apple à Polícia Federal da Austrália, que apreendeu dois notebooks da
Apple na casa do adolescente. Vários arquivos da operação, inclusive o
código usado para atacar a rede da Apple, foram encontrados em uma pasta
chamada “hacky hack hack” do seu computador.
A acusação também
teria conseguido verificar que o número de série dos computadores era o
mesmo dos que foram usados para acessar a rede da Apple sem autorização.
Apesar
de ter sido identificado, as ações do invasor foram até certo ponto
“impecáveis”: ele teria construído túneis de acesso remoto para ocultar a
origem da conexão, por exemplo. Ele também usava o WhatsApp, que usa
criptografia na comunicação, para relatar suas façanhas a colegas.
Por
ser menor de idade, o nome do adolescente não foi informado. Ele é
estudante de uma escola particular na cidade de Melbourne, a segunda
maior da Austrália.
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MaisPB
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