‘Eu nem sairia de Curitiba, porque sabia que isso não iria longe’, diz Lula a advogado
“Para
onde Lula iria correr? É uma pessoa conhecida, sabe de suas
responsabilidades. Ele me disse claramente: ‘Eu nem sairia de Curitiba,
ficaria esperando o que decidiriam a meu respeito, porque sabia que isso
não iria longe’”, declarou o ex-ministro da Justiça e advogado do PT,
Eugênio Aragão, após a visita ao ex-presidente.
O petista recebeu a
visita de cinco advogados. Além de Aragão, estiveram na sede da PF em
Curitiba Cristiano Zanin e Luiz Carlos da Rocha, da área criminal, e
Luiz Fernando Casagrande Pereira, advogado eleitoral, Manoel Caetano,
contitucionalista. Conforme Zanin, Lula se manteve sereno mesmo diante
da negativa da soltura.
Aragão
e Zanin argumentaram que, mesmo que fosse revertida no dia seguinte, a
decisão do desembargador federal Rogério Favreto concedendo a liberdade
ao ex-presidente deveria ter sido cumprida. Aragão disse que as regras
processuais, de competência e jurisdição foram “subvertidas” com as
decisões posteriores a da soltura.
“O tema levado pelo habeas
corpus era o direito de Lula poder fazer campanha como pré-candidato à
Presidência. Esse tema nunca foi levado à Justiça. Foi com base nisso
que ele (Favreto) decidiu”, delarou Aragão, afirmando que a liminar só
poderia ser revertida pela 8.ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª
Região (TRF4) ou por tribunais superiores, mas apenas após o término do
plantão de Favreto.
Zanin
disse ainda que a defesa criminal do ex-presidente está estudando a
possibilidade de complementar os recursos judiciais já nos tribunais
superiores com os fatos ocorridos neste domingo. “A defesa técnica
sempre chamou atenção para o fato de que o ex-presidente não estava
tendo acesso a um julgamento justo e imparcial”, disse.
Fonte: Estadão - Publicado por: Fabricia Oliveira
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