Câmara aprova isenção de conta de luz
A
Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (10) uma emenda que dá
isenção do pagamento de contas de luz de até 70kWh por mês a famílias de
baixa renda.
O artigo foi incluído no projeto de lei que destrava
a venda de seis distribuidoras da Eletrobras. O texto ainda tem que
passar pelo Senado e depois ir para sanção presidencial.
Hoje, a
Tarifa Solidária dá descontos escalonados de acordo com a quantidade de
consumo. Com 30kWh por mês, é de 65%, até chegar a 10% com o gasto de
220kWh por mês.
Além disso, pela lei atualmente em vigor, apenas
quilombolas e indígenas têm direito à isenção de 100% na conta de luz de
até 50kWh por mês.
Com a nova redação, a isenção total passa a atingir todas as famílias com renda mensal per capita de até meio salário mínimo.
De
acordo com o relator da proposta, Julio Lopes (PP-RJ) afirmou que a
medida não trará custo adicional para o governo, e que teria sido
acordada com a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica).
Lopes respondia
a questionamento do presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ). “Eu
preciso que alguém me informe nessa emenda qual o impacto no orçamento
do governo”, afirmou o parlamentar durante a votação.
Pelo projeto, a conta será custeada pela CDE (Conta de Desenvolvimento Energético).
A
medida, porém, deve ter dificuldade para ser aprovada antes das
eleições, já que depois do recesso parlamentar, que começa na próxima
semana, os parlamentares devem se voltar para o pleito.
Também foi
incluído no texto mudança no programa Luz Para Todos em regiões
isoladas do país. De acordo com a emenda, em lugares remotos o
atendimento de pedidos de ligação será de graça para quem tiver consumo
estimado de até 80kWh por mês.
A isenção foi aprovada no meio de
projeto cujo objetivo é privatizar as distribuidoras controladas pela
estatal no Acre, Alagoas, Amazonas, Piauí, Rondônia e Roraima. A
operação abre caminho para futura venda da Eletrobras ao setor privado.
Folha
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