Justiça do Estado do Colorado, nos Estados Unidos, envia informações confidenciais a criminosos
Centenas de criminosos, fugitivos e pessoas que enfrentam acusações no Estado do Colorado, nos Estados Unidos,
receberam por erro cartas com informações judiciais confidenciais sobre
seus casos. Entre as informações distribuídas estavam as ordens de
detenção e a lista de testemunhas de cada detento.
A Administração
da Corte Estadual do Colorado estima que, ao todo, foram enviadas
cartas com essas informações a 1.500 acusados de crimes devido a um erro
do sistema de computadores.
O promotor George Brauchler, do 18º
Distrito Judicial, afirmou que, embora o problema já tenha sido
corrigido, as consequências foram muito graves. Ele citou como exemplo o
caso de dois homens acusados de abuso sexual de menores que fugiram do
país ao receberem as informações enviadas por erro.
Em outro caso,
quando o xerife e policiais chegaram na casa de um fugitivo para
prendê-lo, o homem já os esperava porque havia sido avisado pela carta
de que seria preso.
Investigações posteriores determinaram que em
quase 100 casos desse distrito, no sudeste de Denver, os acusados ou
foragidos já sabiam que um juiz havia decretado suas prisões.
Os piores casos, porém, foram aqueles que envolveram o envio de nomes e endereços de vítimas, testemunhas e denunciantes.
“Vai ser incrivelmente improvável fazer Justiça nesses casos particulares”, destacou o promotor.
O
problema aparentemente surgiu quando uma atualização do programa de
computação usado pelos juízes para decretar ordens de prisão marcou
automaticamente a opção de enviar cartas aos acusados com informações
sobre seus casos. Os magistrados podem desmarcar essa opção, mas muitos
não perceberam o erro.
Segundo a Administração da Corte Estadual
do Colorado, o programa que causou o problema já foi modificado, e as
opções de envio de informação já não são automaticamente preenchidas.
As autoridades implementaram um plano conjunto em nível estadual para proteger vítimas, denunciantes e testemunhas.
(Veja com EFE)
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