Freiras denunciam terem sido abusadas sexualmente por padres e bispos
Andrew Medichini/AP |
A
Igreja Católica tem recebido há tempos denúncias de abusos sexuais e
pedofilia cometidos por alguns de seus líderes em diferentes regiões do
mundo. Agora, de acordo com a Associated Press, várias freiras estão
denunciando terem sido abusadas sexualmente por padres e bispos.
Impulsionadas
pelo movimento #MeToo, que incentiva a denúncia de abusos sexuais,
freiras da América do Sul, Europa, Ásia e África vieram a público para
falar de suas experiências traumáticas dentro da Igreja. A abrangência
das denúncias dá a dimensão, segundo a AP, da gravidade da questão na
Igreja Católica.
Sob
condição de anonimato, uma religiosa contou a AP ter sido abusada por
dois padres no período de um ano. Na primeira ocasião, o sacerdote
avançou sobre ela durante uma confissão.
Depois
que a tentativa de abuso se repetiu, no ano seguinte, ela passou a se
confessar apenas com o seu mentor religioso, que vive em outro país.
A
questão parece ainda ser um tabu na Igreja. Nesta semana, um grupo de
religiosas do Chile veio a público denunciar os abusos que sofreram e
também o fato de seus superiores não terem feito nada quando ficaram
sabendo dos casos.
Os
episódios se repetem em outras partes do mundo. Recentemente, uma
freira indiana registrou uma queixa na polícia acusando um padre de
abuso sexual. Em Uganda, um sacerdote bastante conhecido escreveu uma
carta relatando os casos de padres romanticamente envolvidas com irmãs
religiosas. Ele acabou sendo suspenso até que se desculpasse por ter
feito a denúncia.
Procurado
pela AP, o Vaticano se recusou a informar quais medidas serão tomadas
em relação às denúncias. Um funcionário da cúpula da Igreja disse à
agência que os bispos e autoridades religiosas locais é que devem
sancionar padres envolvidos em escândalos sexuais.
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