Advogada de direitos humanos premiada no exterior por sua luta é presa no Irã
A
advogada iraniana dos direitos humanos Nasrin Sotoudeh, premiada no
exterior por sua luta, foi detida nesta quarta-feira (13) – denunciou
seu marido no Facebook.
“Nasrin foi detida em casa há algumas
horas e transferida para Evin”, escreve seu marido, Reza Khandan,
referindo-se à conhecida prisão de Teerã, onde são mantidos vários
presos políticos.
A advogada, de 55 anos, um símbolo do
ativismo em favor dos direitos humanos no Irã, defendeu recentemente
várias mulheres detidas por terem tirado o véu em público, em protesto
contra a obrigação de usá-lo desde a Revolução Islâmica de 1979.
Sotoudeh
defendeu jornalistas e ativistas, como a advogada e Prêmio Nobel da Paz
Shirin Ebadi, assim como opositores detidos durante as grandes
manifestações de 2009 contra a reeleição do presidente ultraconservador
Mahmud Ahmadinejad.
Em 2012, Nasrin Sotoudeh conquistou o Prêmio Sakharov concedido pelo Parlamento europeu.
Ela
passou três anos presa entre 2010 e 2013 por ter agido, segundo as
autoridades, “contra a segurança nacional” e por ter disseminado
“propaganda antirregime”. Durante sua detenção, fez duas greves de fome
para protestar contra as condições de detenção na prisão de Evin e
contra a proibição de ver seus filhos.
Foi solta em setembro de
2013, pouco antes de o presidente moderado, então recém-eleito, Hassan
Rohani, assistir à Assembleia Geral da ONU.
Em troca, foi proibida de exercer sua profissão em casos políticos, assim como de deixar o país até até 2022.
AFP
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