Buscas em prédio que desabou no dia 1º de maio em São Paulo devem durar 13 dias
Pelo
menos mais 13 dias serão necessários para o Corpo de Bombeiros chegar
ao segundo subsolo do edifício Wilton Paes de Almeida, que desabou no
dia 1° de maio, para garantir que não resta nenhuma vítima sob os
escombros. Os trabalhos de busca por cinco desaparecidos já duram seis
dias.
Ainda estão sendo procurados um casal e uma mãe com os dois filhos gêmeos. Neste momento, 49 bombeiros atuam na operação.
De
acordo com o tenente Guilherme Derrite, porta-voz do Corpo de
Bombeiros, estão sendo utilizadas duas retroescavadeiras e uma
escavadeira com uma espécie de gancho na ponta, chamada de mordedor
hidráulico, que auxilia na movimentação do concreto para retirada de
ferros retorcidos. Oito caminhões retiram os escombros do local.
São
duas frentes de atuação do Corpo de Bombeiros: uma equipe de busca e
resgate em estruturas colapsadas e outra fazendo rescaldo e resfriamento
da estrutura. Derrite destacou que a todo momento o trabalho das
máquinas é acompanhado pela equipe de resgate e, caso seja identificado
alguma evidência dos desaparecidos, é iniciada a busca manual.
O
tenente exemplificou que, quando as cadelas da corporação indicaram o
provável local do corpo de Ricardo Pinheiro, 39 anos, foram necessárias
22 horas até que ele fosse encontrado. “Tivemos que tirar 8 metros de
entulho até chegar ao corpo do Ricardo”, disse o tenente. Ricardo morreu
quando já estava sendo resgatado pelos bombeiros. A identificação do
corpo foi possível após realização de exame com as impressões digitais,
segundo a Secretaria Segundo a Secretaria de Segurança Pública de São
Paulo.
Guilherme Derrite destacou que, por enquanto, a operação
deve continuar no mesmo formato. “A linha mestra é o resfriamento, ele
tem que ocorrer. Uma mudança estratégica grande é muito difícil. O que
pode ocorrer é uma ou outra alteração tática”, explicou Derrite. Entre
as alterações táticas está, por exemplo, a movimentação das linhas de
mangueira.
Por entre o morro de concreto, é possível visualizar
parte de roupas dos sobreviventes da tragédia. O trabalho das máquinas
não para e uma fumaça branca ainda sai dos escombros. “É parte do
trabalho de resfriamento que está sendo feito”, explicou Derrite.
Agência Brasil
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