Nicolás Maduro, presidente da Venezuela, vence eleição neste domingo marcada por denúncias
O
presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, foi reeleito para mais 6 anos
de mandato após as eleições deste domingo (20), que tiveram horário
ampliado, denúncias de fraude, tentativa de boicote da oposição,
abstenção de 54% e falta de reconhecimento por grande parte da
comunidade internacional.
Segundo o Conselho Nacional Eleitoral,
Nicolás Maduro venceu com 67,7% dos votos válidos. O chavista obteve
5.823.728 votos, com 96,6% das urnas apuradas até as 23h30. A presidente
do Conselho Nacional Eleitoral, Tibisay Lucena, anunciou que a votação
teve a participação de 46% do eleitorado e um total de 8,6 milhões de
votos.
Em seu discurso da vitória, em frente ao Palácio
Miraflores, em Caracas, Maduro disse que obteve um “recorde histórico”:
“Nunca antes um candidato presidencial venceu com 68% dos votos
populares e nunca antes havia conseguido 47% do segundo candidato”,
afirmou.
Em segundo lugar, ficou o candidato opositor Henri
Falcón, com 1,8 milhão de votos (21%). Pouco antes do anúncio dos
resultados da eleição, Falcón declarou que não reconheceria o processo
eleitoral deste domingo e exigiu a convocação de novas eleições.
O
pastor evangélico Javier Bertucci obteve 925 mil votos (11%), e ficou
em terceiro lugar. Bertucci também contestou a votação e afirmou que fez
um balanço da presença do que chamou de “manchas vermelhas” perto das
seções eleitorais “que poderiam ter influenciado os resultados”.
Diálogo
Ainda
em seu discurso de vitória, Maduro convocou os três candidatos
derrotados para um diálogo a fim de atender as diferenças e enfrentar a
crise do país.
“Henri Falcón, Javier Bertucci (…) todos os líderes
da oposição, que nos reunamos, nos encontremos e falemos da Venezuela,
convido-os aqui e assumo a responsabilidade deste chamado”, disse Maduro
diante de centenas de simpatizantes.
G1
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