terça-feira, 15 de maio de 2018

Luto no mundo do cinema

Mundo do cinema lamenta a morte do cineasta, produtor e dustribuidor Roberto Farias


O cineasta, produtor e distribuidor Roberto Farias morreu nesta segunda-feira (14), aos 86 anos, no Rio de Janeiro. De acordo com a Central Globo de Comunicação, o realizador de clássicos como “O assalto ao trem pagador” (1962) e de várias chanchadas estava internado no hospital Copa Star, em Copacabana, onde fazia tratamento contra um câncer.
O corpo será velado no Memorial do Carmo, na Zona Portuária da capital fluminense, e o enterro acontecerá em Nova Friburgo, na Região Serrana do estado, onde ele nasceu.
De acordo com familiares, Roberto Farias deixa quatro filhos, dez netos e já era bisavô.
Nascido em 1932, Roberto Figueira de Farias é irmão do ator Reginaldo Faria e tio do também ator Marcelo Faria – o “s” a mais no sobrenome foi devido a um erro durante registro no cartório.
Chegou ao Rio para cursar Belas Artes e acabou indo trabalhar na Atlântida Cinematográfica. A produtora se tornou um marco no cinema nacional e lançou mais de 60 filmes no meio do século passado, com destaque para as chanchadas – produções baratas e de grande apelo popular.
Farias tem no currículo mais de 25 filmes como produtor e diretor. De 1957 a 1960, fez seus primeiros quatro longas: “Rico ri à toa” (1957), “No mundo da lua” (1958), “Cidade ameaçada” (1959) e “Um candango na Belacap” (1960).

Prêmio em Berlim

O cineasta dirigiu ainda sucessos de público como “Os paqueras” (1968), “Roberto Carlos e o diamante cor de rosa” (1968) e “Roberto Carlos a 300 quilômetros por hora” (1971). Em 1981, dirigiu “Pra frente, Brasil”, premiado nos festivais de Berlim, Huelva e Gramado, entre outros. O filme falava da tortura na ditadura militar.
Também trabalhou na TV, onde dirigiu minisséries como “As Noivas de Copacabana” e “Memorial de Maria Moura”. Também foi responsável por episódios do programa “Você decide”.
Farias foi diretor-presidente da Academia Brasileira de Cinema e diretor geral da Embrafilme entre 1974 e 1978.

Repercussão

Sobrinho do cineasta, o ator Marcelo Faria postou uma homenagem ao tio em uma rede social. Abaixo de uma foto antiga do pai e de Roberto, escreveu: “Este ao lado do meu pai é meu tio Roberto, ele iniciou o legado da família Faria. Me inspirou e inspirou toda a nossa família. Pai de 4 filhos e avô de 10, além de bisavô! Foi o responsável por sermos quem somos hoje. Obrigado TIO Beto! Descanse em Paz… te amamos para sempre!”
Em nota, a Diretoria Colegiada da Ancine expressou “profundo pesar” pelo falecimento do diretor e que “se solidariza com os amigos e familiares de Roberto Farias, com a certeza de que sua obra permanecerá como referência e inspiração para o cinema nacional”.

Filmografia

  • “Rico ri à toa” (1957)
  • “No mundo da lua” (1958)
  • “Cidade ameaçada” (1959)
  • “Um candango na Belacap” (1960)
  • “O assalto ao trem pagador” (1962)
  • “Toda donzela tem um pai que é uma fera” (1966)
  • “Os paqueras” (1968)
  • “Roberto Carlos e o diamante cor de rosa” (1968)
  • “Roberto Carlos a 300 quilômetros por hora” (1971)
  • “O fabuloso Fittipaldi” (1973)
  • “Pra frente, Brasil” (1981)
  • “Os trapalhões e o auto da Compadecida” (1987)

Televisão

  • “Faça sua história” (2008)
  • “Sob nova direção” (2004 a 2007)
  • “Decadência” (1995)
  • “Memorial de Maria Moura” (1994)
  • “As noivas de Copacabana” (1992)
   G1

Nenhum comentário:

Postar um comentário