A palavra da nacional sobre o PT na Paraíba definirá política de alianças da sigla
Nem
tão inflexível como os petistas paraibanos e nem tão permissiva quanto
esperavam os socialistas locais. A presidente nacional do PT, Gleisi
Hoffman, foi polida, mas não perdeu a firmeza ao falar ontem, no Rádio
Verdade, da Rede Arapuan de Rádios, sobre a política de alianças da
sigla na Paraíba.
Depois de enfatizar a gratidão partidária aos
gestos políticos do governador Ricardo Coutinho, a senadora paranaense
registrou a reivindicação, que se coaduna com o discurso da direção
estadual: “Nossa tendência é óbvio apoiar uma aliança com o governador.
Mas nós gostaríamos de contribuir participando da chapa. Temos nomes que
podem ajudar nesse processo.
E justificou o ‘pedido’ com
argumento da ‘força politica’ do PT: “É um desejo importante para o
posicionamento do partido. As forças locais colocam em termos mais
firmes porque vivem no dia dia. Nós vamos chegar como direção nacional
para conversar com o governador para mostrar nossa intenção. Nós temos
força política. É algo relevante”.
Num ponto, Gleisi diverge da
posição mais aguda do PT paraibano. Ela é mais flexível quanto a
presença de personagens que participaram do impeachment de Dilma. Por
dosimetria, depende do papel de cada um deles no processo.
“Perguntamos:
quem foi expoente ou só quem apoiou? Essa não é uma questão só da
Paraíba. O próprio PSB foi favorável ao impeachment, nem por isso
deixamos de dialogar para trazer o PSB para o nosso campo”, diferenciou.
A
fala tem poder de lenitivo, por exemplo, para Veneziano Vital,
pré-candidato ao Senado pelo PSB, até então alvo de restrições de
petistas paraibanos. Se depender do comando nacional, o veto pode ser
flexibilizado.
MaisPB- Por Heron Cid
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