Polícia Militar prende dono da empresa de refrigerantes Dolly por fraude fiscal de R$ 4 bilhões
A Polícia
Militar prendeu nesta manhã o empresário Laerte Codonho, dono da
empresa de refrigerantes Dolly. Segundo informações da GloboNews,
Codonho estava em sua casa, localizada na Granja Viana, em Cotia, Grande
São Paulo. Ele deve ser levado para o 77º DP.
Em
fevereiro, reportagem de VEJA revelou que Codonho havia sido condenado a
6 anos e 7 meses de prisão e ao pagamento de multa por sonegação de
benefícios previdenciários. A sentença contra o empresário e outros
quatro funcionários da empresa foi dada pela 3ª Vara Federal de São
Bernardo do Campo (SP).
De acordo com a GloboNews, investigações
apontam para uma fraude fiscal de 4 bilhões de reais, organização
criminosa e lavagem de dinheiro. Um dos desvios consistiu na demissão de
funcionários para posterior recontratação por outra companhia para
fraudar o Instituto Nacional do Seguro Social.
De acordo com o
Ministério Público, a Ragi Refrigerantes – nome oficial da Dolly – pagou
menos contribuições previdenciárias e sociais que deveria entre os anos
de 1999 e 2001. Os recursos faltantes eram destinados a programas que
financiam o Incra, Senai, Sesi, Sebrae e Fundo Nacional para o
Desenvolvimento da Educação (FNDE).
O caso veio à tona após o INSS
– órgão federal responsável pela arrecadação previdenciária – notar
queda nos valores pagos pela empresa entre um ano e outro. O órgão
público fez uma fiscalização e acusou a empresa de fraude.
O juiz
federal Márcio Martins de Oliveira, responsável pela sentença,
considerou que a dona da Dolly simulou os contratos. A empresa também
cometeu outras irregularidades como não emissão de notas fiscais, folhas
de pagamento ou recibos de prestação de serviço.
Outro lado
Procurada,
a defesa de Codonho não foi localizada hoje para comentar a prisão. Na
época da decisão que determinou sua prisão, a defesa disse que o
empresário ‘considerava absurda a decisão’ proferida pela 3ª Vara
Federal de São Bernardo do Campo (SP) . “Codonho, detentor da marca
Dolly, jamais foi sócio, nem tampouco administrador da empresa HM,
terceirizada de mão de obra.”
Segundo os advogados, não há nenhuma
prova de que Codonho é o proprietário e administrador da empresa. A
defesa afirmava ainda que iria recorrer da decisão ao Tribunal Regional
Federal da 3ª Região.
Veja
Nenhum comentário:
Postar um comentário