Bancadas no Senado têm nova configuração após fim do prazo para partidos comunicarem relação de filiados
Com
o fim do prazo, na última sexta-feira (13), para os partidos
comunicarem à Justiça Eleitoral a relação de filiados, houve mudança na
composição das bancadas no Senado.
Diferentemente da Câmara, onde
muitos deputados aproveitaram a chamada janela partidária para trocar de
legenda, no Senado, onde a eleição é majoritária, a regra não se
aplica. “Não existe amarração para [um senador] mudar de partido.
A
janela partidária serve para resolver a questão da mudança dos cargos
proporcionais: deputado federal, deputado estadual ou distrital e
vereador”, explicou Hélio José (Pros-DF), senador que mais trocou de
sigla. Desde o início da legislatura, ele passou por PSD, PMB, PMDB e
atualmente é do Pros.
Ao justificar as trocas, citou casos de
corrupção, divergências na política local e não cumprimento de
compromissos e programas por parte dos partidos.
Mesmo com uma
baixa de dois senadores, desde o início da atual legislatura, em
fevereiro de 2015, até agora, o MDB, continua tendo o maior número, são
17 senadores. No Senado, o partido que mais cresceu foi o Podemos.
Criado
em 2017, a sigla tem hoje cinco senadores, entre eles, a senadora Rose
de Freitas (ES) antes do MDB. Também registraram aumento no número de
senadores, com relação ao início da legislatura, as bancadas do PP, o
PRB, o PSD, o PSDB, o PSDC, o PTC, a Rede e o Pros.
Baixas
Entre
os que mais perderam nessa legislatura está o PT. A sigla que tinha 13
parlamentares, hoje tem nove. O PDT registrou uma perda menor em número,
mas maior em relação ao tamanho da bancada, que passou de seis para
três senadores, a metade do número inicial.
Para o líder do
partido, senador Acir Gurgacz (RO), a entrada e saída de políticos dos
partidos é uma questão natural, faz parte da democracia.
“Essa
liberdade tem que acontecer para que as pessoas possam optar por aquilo
que entendem ser o melhor para o seu estado, seu município e a população
que representam”, avaliou.
Também perderam senadores PSB, PSC,
PSOL, PTB e DEM. Já o PCdoB, o PPS e o PR mantiveram o número de
senadores de suas bancadas.
O senador Reguffe (DF), que tem
mandato até 2022, é o único senador sem partido. Ele deixou o PDT em
2016 e desde então não se filou a outro partido.
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