Luis Roberto Barroso acolhe pedido da Procuradoria Geral da República e manda soltar amigos de Temer

Eles foram presos durante a Operação Skala e os mandados venceriam na segunda (2/4). Objetivo foi cumprido, diz decisão
O ministro Luís Roberto Barroso, do
Supremo Tribunal Federal (STF), acolheu pedido da procuradora-geral da
República, Raquel Dodge, e revogou neste sábado (31/3) as 13 prisões
da Operação Skala, que levou à carceragem da Polícia Federal, entre
outras pessoas, dois amigos do presidente Michel Temer (MDB): o advogado
José Yunes e o coronel da reserva da PM João Batista Lima.
Como justificativa, a PGR destacou que o
objetivo da operação já foi cumprido. Ou seja, as medidas de busca e
apreensão e as detenções autorizadas pelo relator do inquérito foram
todas realizadas – com exceção de três pessoas em viagem ao exterior. As
prisões temporárias dos alvos da operação terminariam segunda-feira
(2/4).
O magistrado concordou com os argumentos
e autorizou a soltura de todos. Com relação aos três alvos que estão
fora do país, a defesa entrou em contato com a PGR e se comprometeu a
levar os clientes para prestarem depoimento à Polícia Federal tão logo
eles chegarem de viagem, lembrou Barroso. O inquérito dos portos foi
instaurado em setembro de 2017, a partir de revelações e provas colhidas
em acordos de colaboração premiada.
Operação Skala
A Operação Skala foi deflagrada na
quinta-feira (29), no âmbito do inquérito que apura possíveis
irregularidades na edição do Decreto dos Portos. Relatório do Tribunal
de Contas da União (TCU) mostrou possível brecha para o governo federal
beneficiar empresas com contratos mais antigos porém não regulamentados.
Além disso, o decreto ampliou de 50 para
70 anos o tempo das concessões portuárias. Entre as companhias
beneficiadas, estaria a Rodrimar, que, atualmente, explora três áreas no
Porto de Santos, em São Paulo, mantidas por liminares da Justiça.
Antônio Celso Grecco, dono da Rodrimar, e Wagner Rossi, ex-ministro da
Agricultura e ex-presidente da Companhia Docas do Estado de São Paulo,
também estão na mira da Skala.
Fonte: Metrópoles
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