Vereadora Marielle Franco é uma semente de vida, diz Nobel da Paz em 1980
O argentino Adolfo Pérez Esquivel, Prêmio Nobel da Paz em 1980, participou na manhã de hoje (17) de uma homenagem à vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ) no Museu da Maré, na zona norte do Rio de Janeiro.
Marielle e o motorista Anderson Pedro Gomes foram assassinados a tiros em 14 de março. Os crimes são investigados pela Polícia Civil do Rio de Janeiro.
“Marielle
é um exemplo da luta pela vida e pela liberdade. Marielle é uma semente
de vida, que dá vida, que dá esperança. Sua luta não é em vão, está em
vocês”, disse o vencedor do prêmio internacional por sua atuação na
defesa dos direitos humanos na América Latina. “Marielle está presente
aqui, no Brasil, e em outros lugares da América Latina. Temos que
recordar e fortalecer a memória de sua luta pela vida”.
Para
Esquivel, a democracia no continente está ameaçada pelo desrespeito à
diversidade, aos governos progressistas e à imprensa. “Democracia
significa direito e igualdade para todos e todas, na diversidade. Isso é
democracia. Não pode ser o medo, a repressão, o silenciamento e os
assassinatos como o de Marielle”, afirmou. “Privilegia-se o capital
financeiro sobre a vida dos povos. “
Indicação
Durante
a visita, o ativista dos direitos humanos afirmou que vai indicar, em
setembro, o nome do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para o
Prêmio Nobel da Paz. Segundo ele, buscará apoio para a indicação.”O
nome [de Lula] conta com a força do trabalho [que ele desenvolveu em
favor dos] mais necessitados, pobres e marginalizados. Ele tirou da
pobreza extrema mais de 30 milhões de brasileiros”, disse.
Em
seguida, Esquivel afirmou que a atuação política de Lula é única e fez
elogios aos ex-presidente. Ele disse ainda que pediu autorização para
visitar Lula na Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba (PR). O
ex-presidente está detido no local desde o último dia 7 para cumprir a
condenação por lavagem de dinheiro e corrupção.
Nesta quarta-feira (18) , o argentino dará uma aula magna na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ),
às 10h. Na quinta-feira (19), será lançada a Comissão Popular da
Verdade, que investigará violações aos direitos humanos por integrantes
de forças do Estado.
Agência Brasil
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